China ocultou fatos da pandemia e o resto do mundo até agora não sabe como proceder

China coronavirus: Xi Jinping visits virus-hit Wuhan in major show ...

Jinping usou a pandemia para marketing político-administrativo

Carlos Newton

O velho ditado português ensina que “quando falta o pão, todos reclamam e ninguém tem razão”. É uma verdade tão absoluta que merecia estar na Bíblia, entre os pensamento de Cristo. E nessa Páscoa de ruas vazias, em que todos os países  estão dedicados a combater a pandemia, confirma-se aquela máxima de Sócrates – “Só sei que nada sei” –, que pode ser transferida a todos os governantes desse mundo.

Entre todos eles, apenas um – o chinês Xi Jinping – aparentemente mostra saber o que está fazendo. Todos os demais estão batendo cabeça, com o brasileiro Jair Bolsonaro abandonado sozinho na comissão de frente, depois que o norte-americano Donald Trump foi obrigado a se curvar à realidade.

INFORMAÇÕES MANIPULADAS – Quem pode confiar nesses governantes chineses, que conduzem a maior ditadura da História Contemporânea, um regime autoritário, sangrento e sem liberdade de expressão? Por isso, à exceção da China, todos os demais países  ainda mantêm o isolamento social, como única maneira de tentar impedir a rápida propagação do coronavírus.

A diferença do presidente Xi Jinping para os demais governantes é que ele é o maior manipulador de estatísticas do mundo e não teme reduzir por mortandade a população do país. Em tradução simultânea, ele repete a afirmação clássica de Mao Tsé-Tung, citada aqui na TI por Antonio Rocha: ”Mesmo se perder 300 milhões de habitantes, a China continuará existindo”.

Sob o manto macabro da censura prévia, ninguém sabe o que a China fez e está fazendo. Ao mundo, o regime pseudo comunista anuncia ter “vencido” a pandemia, que sequer atingiu as maiores cidades. Agora há apenas meia dúzia de novos contaminados por dia. e ninguém morre mais, é um milagre sem presença divina, quem quiser que acredite numa lorota dessas.

UMA GRANDE JOGADA – Com essa estratégia cruel de fingir normalidade, mas obrigando todos os habitantes a usarem máscaras, o governo da China espera se livrar de possíveis sanções internacionais, porque nos últimos 18 anos este é o terceiro vírus proveniente das péssimas condições sanitárias dos mercados de animais vivos.

Primeiro foi a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave),  em 2002, provocada por um coronavírus de gatos civetas, um mamífero carnívoro vendido nos mercados chineses como parte do cardápio nacional. Depois a H1N1, em 2009, causada por uma variedade do vírus influenza que se hospedou em aves, também vendidas em mercados chineses. E agora a covid-19, causada por um novo coronavírus, semelhante ao que provocou a SARS.

“ALEGAÇÃO CHINESA” – No se sabe, de fato, quando começou a pandemia nem quantas pessoas vitimou na China. Por isso, a alegação do governo de Pequim nos tribunais será ter “demonstrado” haver solução para o problema, mas lamentavelmente os demais países não souberam como proceder e a China até ofereceu ajuda, vejam a que ponto chega a desfaçatez desses governantes.

Sem ter como se guiar no “exemplo chinês”, o resto do mundo está perplexo. Por isso, todos os chefes de Estado aceitaram a tese do isolamento, oferecida pela Organização Mundial de Saúde, que também nada sabe. No início, Trump se postou contra o isolamento, mas teve de recuar devido ao agravamento da crise e deixou Bolsonaro sozinho no meio da roda, fazendo papel ridículo.

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P. S 
– Socraticamente, só sei que nada sei. Mas tenho certeza de que ainda vai morrer muita gente, devido a esse procedimento da China, que está usando a pandemia para fazer marketing de falsa eficiência político-administrativa. Lembram do hospital construído em poucos dias, ao vivo e a cores? Seria muito mais rápido, fácil e barato instalar hospitais de campanha, mas isso não daria o mesmo efeito mercadológico. Se a China revelasse o que realmente aconteceu lá e proibisse os sinistros e imundos mercados de animais vivos, a realidade do mundo talvez fosse outra, nesta segunda-feira de isolamento global.