Suspense total! Vereza vai entregar à viúva de Bebianno uma carta dele a Bolsonaro

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Vereza foi convidado para trabalhar com Regina Duarte

Naira Trindade
O Globo

O ator Carlos Vereza, amigo do advogado Gustavo Bebianno, que morreu de infarto aos 56 anos neste sábado, afirmou que pretende entregar a carta deixada por Bebiano para Renata, a viúva do advogado. Ao Globo, Vereza disse que caberá à Renata decidir se deseja levar o documento ao conhecimento do presidente Jair Bolsonaro.

“Vou entregar à viúva. Ela que deve decidir o que fazer com a carta” — contou Vereza.

MÁGOAS E MEDO – Em sua última entrevista, a primeira como pré-candidato do PSDB à Prefeitura do Rio, o ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência contou ter deixado cartas para um dia o presidente Bolsonaro ler. Na conversa com o Globo, há uma semana, afirmou não ter guardado mágoa do ex-aliado, mas admitiu ter medo.

“Fiz uma carta. Um dia vou publicar essa carta. Uma carta linda, de irmão. E entreguei nas mãos do Carlos Vereza, para que entregasse ao Jair. Entreguei também ao Onyx e ao general (Maynard Santa Rosa, ex-secretário de Assuntos Estratégicos, que se demitiu em dezembro). O senhor chegou no ápice, eu disse. Mas toda a energia que eu sinto do senhor é a do ódio. O fato é que quero que o governo dê certo, mas dentro de um ambiente democrático, saudável, respeitando as instituições”, afirmou Bebianno.

VEREZA NÃO LEU – Vereza evita comentar sobre o conteúdo do documento, diz não ter lido a carta e que não pretende entregá-la, ele mesmo, ao presidente Jair Bolsonaro, como Bebiano contou ter pedido. O ator, que esteve na posse de Regina Duarte para o cargo de secretária especial de Cultura, diz ter se afastado da política de Brasília.

“Não tenho a menor sedução pelo poder, e os crachás oportunistas que se esbarram, desesperados por um cargo qualquer” — afirmou.

Após a posse de Regina, o ator contou ter recebido um convite do governo para assumir um cargo na pasta. “Fui convidado. Vou dar uma pensada. Eu não sei para qual cargo, acho que é para falar besteira” – brincou Vereza. “Ela é minha amiga há muito tempo. E tem dito diuturnamente para mim: “Vereza, eu quero pacificar a categoria, sem discriminação, sem dividir a categoria, buscar as pessoas que apresentem projetos, que apresentem propostas, a Secretaria de Cultura está aberta para todos os colegas, literalmente toda a categoria”.