No mundo imaginário do poeta, quantas horas revivem e morrem de uma nova agonia?

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Emílio Moura, jornalista, poeta e artista plástico

O jornalista, professor e poeta mineiro Emílio Guimarães Moura (1902-1971) revela neste poema uma visão melancólica sobre o “Mundo Imaginário”.

MUNDO IMAGINÁRIO
Emílio Moura

Sob o olhar desta tarde,
quantas horas revivem
e morrem de uma nova agonia?

Velhas feridas se abrem,
de novo somos julgados,
o que era tudo some-se
e num mundo fechado
outras vigílias doem.

A noite se organiza e,
no entanto, ainda restam
certas luzes ao longe.
Ah, como encher com elas
este ser já não-ser
que se dissolve e deixa
vagos traços na tarde?

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