Segundo o presidente, se o valor subir muito, ‘complica’; Donald Trump autorizou ação que matou líder militar do Irã em aeroporto no Iraque
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, 3, que tentou falar com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, sobre uma possível alta de combustíveis no país devido ao ataque dos Estados Unidos que matou o general Qasim Suleimani, comandante da força de elite iraniana, mas ainda não conseguiu conversar com o comandante da estatal e nem com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro admitiu que a ação dos EUA vai impactar o preço do petróleo no mercado internacional, o que pode repercutir no Brasil. “Que vai impactar, vai. Agora, vamos ver nosso limite aqui. Porque, se subir, já está alto o combustível, se subir muito complica”.
O presidente disse ainda que não pode intervir no preço do combustível e destacou que, quando foi feito no passado uma política de tabelamento de preços, não deu certo.
A Petrobras decide sobre os preços dos combustíveis com base em fatores como a cotação internacional do petróleo e o câmbio. Esse sistema está em vigor desde setembro de 2018. Então, a nova crise no Oriente Médio pode impactar no preço dos combustíveis brasileiros. Em setembro, após o ataque à refinaria saudita Saudi Aramco, a Petrobras evitou repassar o aumento do preço do petróleo em primeiro momento, mas dias depois reajustou o combustível na casa dos 3,5%.
O preço do petróleo no mercado internacional reagiu de imediato e subiu após o ataque. Na manhã desta sexta-feira, o petróleo Brent, que é negociado no mercado internacional, subia mais de 4%, encostando nos 69 dólares. Irã e Iraque, local onde ocorreu a morte do general iraniano, estão entre os maiores produtores mundiais.
Ataque
Fonte: VEJA