Fragmentos de óleo chegam a praia em São João da Barra, no Rio de Janeiro, diz Marinha

Força-tarefa do governo federal diz que cerca de 300 gramas do material foram recolhidos na Praia do Grussaí, no Norte Fluminense, na sexta-feira (22).

Por Vladimir Netto

Fragmentos de óleo chegaram à praia de Grussaí em São João da Barra, no Rio de Janeiro, anunciou a Marinha neste sábado (23). A organização informou que o material, detectado na sexta-feira (22), é compatível com o que já foi encontrado na costa do Nordeste e do Espírito Santo.

De acordo com a Marinha, foram encontrados 300 gramas de óleo. Um grupo de militares da entidade está no local e servidores do Ibama se reunirão ao grupo ainda neste sábado.

Mais de 700 localidades atingidas

As primeiras manchas de óleo foram localizadas na Paraíba no dia 30 de agosto. Desde então, o óleo já foi localizado em 724 localidades, segundo levantamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgado na sexta-feira (22). Entre os municípios do litoral nordestino, principal região do Brasil atingida, 72% dos municípios tiveram praias afetadas.

O governo federal não concluiu as investigações sobre a origem do óleo. As investigações já apontaram que a substância é a mesma em todos os locais afetados: petróleo cru. Uma investigação da Polícia Federal no Rio Grande do Norte chegou a apontar que o navio grego Bouboulina como o principal suspeito pelo vazamento. A Marinha disse que a embarcação é uma entre as 30 suspeitas.

A empresa Delta Tankers, responsável pelo navio, afirma ter provas de que o Bouboulina não tem relação com o incidente. A Delta foi notificada pela Marinha brasileira junto com responsáveis por outras quatro embarcações de bandeira grega.

Na sexta-feira (15) a consultoria americana SkyTruth publicou um artigo dizendo que não concorda com a análise que aponta suspeitas sobre o Bouboulina.

A organização, especializada em monitorar os oceanos por meio de imagens de satélite, disse que não viu “nenhuma evidência convincente de manchas ou fontes de óleo nas imagens” e que “não concorda” com as análises publicadas “por outras pessoas que alegam ter resolvido o mistério. Em uma nota técnica, o Ibama diz que “não há condições” de encontrar manchas em alto mar com uso de satélites.

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