Ex-procurador-geral autografou exemplares de Nada Menos que Tudo
Na noite desta segunda-feira (7), o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot autografou exemplares de Nada Menos que Tudo, o livro de memórias feito por ele em depoimento aos jornalistas Guilherme Evelin e Jailton Carvalho. A noite de autógrafos do ex-procurador, aconteceu na Livraria da Vila, nos Jardins, bairro nobre da capital paulista.
Essa foi a primeira aparição de Janot após a polêmica envolvendo entrevistas que ele deu para divulgar a obra. Desta vez, ficou em silêncio, com a atenção voltada para o seu lançamento.
– Hoje é só palavra escrita – limitou-se a dizer.
Ele recusou-se a esclarecer a polêmica causada pela declaração de que planejou assassinar o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e se matar em seguida. Teria entrado armado na corte e só não puxou o gatilho porque o “dedo indicador ficou paralisado”, disse à Folha. No livro ele conta o episódio de maneira resumida, sem nomes ou detalhes.
O site jurídico Jota, porém, mostrou que, no dia em que Janot diz ter entrado armado no STF para matar Gilmar Mendes, o então procurador-geral não estava em Brasília, mas em Minas Gerais.
No dia 27 de setembro, Janot foi alvo de busca e apreensão determinada pelo Supremo Tribunal Federal. Também ficou determinado que ele mantenha pelo menos 200 metros de distância dos ministros do Supremo.
Janot também tem é cobrado a explicar por que não denunciou políticos que foram até ele pedir que não investigasse o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), conforme relatou em seu livro.
O ex-procurador corre o risco de perder sua aposentadoria. O subprocurador da República Moacir de Morais entrou com pedido para que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) investigue sua conduta em razão da declaração sobre Gilmar.
Nesta terça-feira, haverá sessão de autógrafos em Brasília. Pessoas próximas Janot disseram que esperam mais gente na livraria da capital federal.
*Folhapress