O Desarmamento deu chabu. Por  Jose Adalberto Ribeiro

comentarista  Por  Jose Adalberto Ribeiro  – Jornalista e escritor
MONTANHAS DA JAQUEIRA – Sob inspiração da Madre Superiora, em referendo popular em 23 outubro 2005, como parte do Estatuto do Desarmamento de 2003, 59.109.265 pessoas de coração generoso disseram “sim” e uma dizima periódica de 33.333.045 pessoas malvadas foram contra a venda de paus de fogo e munição em todo o País.

Os contrabandistas de armas e territórios de traficâncias nas fronteiras do Brazil estremeceram de emoção. Meliantes ficaram felizes e comemoraram o desarmamento da população com rajadas de metralhadoras.

Os brasileiros bem intencionados devolveram revólveres, metralhadoras, pistolas, fuzis, espingardas de dois canos, espingardas de três canos, escopetas, tanques de guerra, granadas, canhões. Seremos felizes e pacíficos, diziam.

Eu mesmo devolvi minha garrucha de estimação do tempo em que lutei nas volantes contra o bando do cangaceiro Lampião. Naqueles idos, cortei muitas cabeças de cangaceiros com meu facão. Também lutei na guerra do Paraguay e ajudei a dizimar o Exército de pés rapados de Solano Lopes. Eu era malvado.

A tradição brasileira é de violência e vai continuar sendo. São histórias que a Madre Superiora não contou.

Mas, esqueceram de avisar aos bandoleiros, assaltantes, ladrões, meliantes em geral para ser desarmarem.

Se o freguês quiser comprar metralhadora, bombinhas atômicas de São João dos Carneirinhos, fuzis, remédios para perebas e outros mangaios, basta dar um pulo na Feirinha de Peixinhos do Paraguay, é tiro e queda. A Feirinha de Peixinhos só não vende peixinhos.

Naqueles tempos de 2005 ocorriam 50 mil mortes matadas, “de susto, de bala ou vício”. De 2005 até hoje, na base de 60 mil mortes violentas por ano, mais de 900 mil almas verde-amarelas foram para o Além.

Entonces eu pergunto: pra quer serviu o Estatuto do Desarmamento? Para morrer mais gente de morte matada?! “A prática é o critério da verdade”, diz o princípio da dialética. Tô fora dessa latomia dos falsos pacifistas. Não por acaso as ditaduras mais ferozes adotam o desarmamento da população.

De minha parte, não tenho armas nem de brinquedo, nem pretendo ter, mas defendo o direito de quem quiser possuir o seu pau de fogo.
Agora eu sou um pacifista-belicista. “Se vis pacem, para bellum”, se queres a paz, prepara-te para a guerra, diz o provérbio em latim. E o tal princípio dissuasório. Assim acontece nas sociedades democráticas do mundo. Dizem que o brasileiro não está preparado para usar armas. Quem defende os corruptos da seita vermelha não está preparado para votar, não está preparado para nada. Taokay! O Estatuto do Desarmamento no Brazil deu chabu.

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