Aguirre Talento
O Globo
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou a quebra do sigilo bancário do deputado estadual Carlos Minc (PSB) e de cinco assessores e ex-assessores de seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A suspeita é da prática de “rachadinha” para arrecadar recursos de seus funcionários — mesmo esquema apontado pelo Ministério Público (MP) no gabinete do hoje senador Flávio Bolsonaro (PSL).
O período da quebra é de janeiro de 2016 a março de 2019. Foram alvos, além de Minc, os assessores parlamentares Augusto Cézar Servulo, Antônio Lisboa Melo de Oliveira, Carlos Henrique Rocha Viana, Luciano Pereira da Silva e Denise Rosa Lobato. Para o MP, a suspeita é que eles praticaram os crimes de peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro.
O pedido de quebra de sigilo, feito pelo MP-RJ, tem como base relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que identificou movimentações financeiras atípicas dos assessores de Minc. Algumas dessas movimentações envolvem o próprio parlamentar.
Antonio Lisboa, que foi chefe de gabinete de Minc, recebeu R$ 292 mil em sua conta no período de janeiro de 2016 a janeiro de 2017, segundo o Coaf. O assessor também chegou a pagar contas de Minc, diz o MP.
Na manifestação enviada por Minc aos investigadores, ele afirma que o Coaf não identificou nenhuma transferência dos assessores para ele e que não existe rachadinha em seu gabinete.