Em 17 de junho de 1972, a sede do partido democrata foi invadida, num episódio que inaugurou o escândalo conhecido como Watergate
Em 1972, o então presidente americano Richard Nixon, do partido republicano, tentava a reeleição. Durante a corrida presidencial, no dia 17 de junho, cinco homens invadiram os escritórios dos democratas, no complexo de prédios conhecido como Watergate, e foram pegos instalando equipamentos de espionagem e fotografando documentos.
Dois repórteres do jornal Washington Post, Bob Woodward e Carl Bernstein, começaram a investigar o caso, que recebeu o nome da sede do partido democrata, e descobriram que um dos invasores fazia parte da folha de pagamentos do comitê de reeleição de Nixon e que outro tinha recebido um cheque de 25 mil dólares da campanha republicana. Com a ajuda de um informante anônimo, que ganhou o apelido de Garganta Profunda, os jornalistas revelaram que assessores de Nixon conduziram um esquema de espionagem para favorecer o candidato à reeleição.
A identidade da fonte só foi conhecida em 2005, quando William Mark Felt, que na época do caso Watergate era o vice-presidente do FBI, revelou a ajuda aos repórteres. Com os avanços da investigação jornalística, em maio de 1973 foi formada uma comissão no Senado para investigar oficialmente o caso Watergate.
A investigação identificou em fitas gravadas no gabinete presidencial que Nixon sabia das operações ilegais e que tentou atrapalhar as investigações. Dois assessores e quatro integrantes da equipe presidencial foram condenados. Com provas suficientes para sofrer um impeachment, Nixon renunciou em 1974. O vice, Gerald Ford, tomou posse e assinou a anistia do ex-presidente, que não precisou responder legalmente sobre o caso.
Fonte:
Globo Educação-Watergate e o impeachment de Nixon