O agravamento do conflito começou a 14 de fevereiro, quando em um ataque suicida foram mortos 45 agentes dos serviços especiais indianos na região de Caxemira. A responsabilidade pelo ataque foi reivindicada por um grupo islamista que opera na região.
Em seguida, a Índia atacou posições desse grupo no território paquistanês, ao que a Força Aérea do Paquistão respondeu atingindo instalações militares indianas. Nova Deli e Islamabad anunciaram também a derrubada de aviões um do outro durante combates aéreos.
À medida que as tensões aumentavam, a Índia ameaçou disparar seis mísseis contra alvos específicos do Paquistão. A intenção foi confirmada por um ministro paquistanês e um diplomata ocidental em Islamabad.
O Paquistão disse que iria responder a qualquer ataque de mísseis com muito mais lançamentos. “Nós dissemos que, se vocês disparassem um míssil, nós dispararíamos três. Faça a Índia o que fizer, responderemos três vezes a isso”, disse um ministro paquistanês à Reuters.
Fontes da Reuters disseram que a libertação do piloto indiano Abhinandan Varthaman ajudou a amenizar as tensões entre os dois países.
Atualmente, as duas potências nucleares continuam demonstrando seus “músculos” militares. No início desta semana, a Índia apresentou o Pinaka Mk II, a mais nova versão de um lançador múltiplo. Enquanto isso, o Paquistão testou com sucesso um novo míssil de maior alcance, o JF-17 Thunder, desenvolvido no país.
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Índia afirma ter deslocado submarinos nucleares devido a tensões com Paquistão
Os maiores navios da Marinha Indiana, inclusive o porta-aviões INS Vikramaditya, submarinos nucleares e outras embarcações foram rapidamente deslocados dos exercícios para o posicionamento operacional, já que as tensões entre Nova Deli e Islamabad aumentaram, comunicou nesse domingo (17) o Ministério da Defesa da Índia.
As tensões entre duas potências asiáticas nucleares têm escalado no último mês após o ataque de aviões da Força Aérea indiana contra o grupo terrorista Jaish-e-Mohammed no território paquistanês, na Caxemira. Esse incidente causou confrontos no espaço aéreo, bem como tiroteios de armas ligeiras e artilharia ao longo da linha de controlo da fronteira.
“Durante a coletiva de imprensa [de 28 de fevereiro], foi transmitida uma mensagem clara e firme em relação à postura operacional da Marinha para prevenir, deter e derrotar qualquer incidente da parte do Paquistão no domínio marítimo”, acrescentou o comunicado.
O Ministério da Defesa não esclareceu que “submarinos nucleares” foram posicionados. A Marinha indiana tem atualmente dois tipos de submarinos nucleares em serviço, inclusive o Chakra (Akula II), submarino de ataque adquirido em leasing à Rússia, e o NS Arihant, submarino de produção indiana capaz de lançar mais de 12 mísseis balísticos. A Marinha possui também 14 submarinos diesel-elétricos.
Os navios de guerra da Índia foram transferidos dos exercícios anuais TROPEX 19, visto que as tensões com o Paquistão escalaram após o ataque terrorista contra um comboio militar indiano em 14 de fevereiro na Caxemira.
Neste domingo de manhã, a agência Reuters comunicou, citando diplomatas ocidentais, que a Índia e o Paquistão teriam se ameaçado mutuamente de usar mísseis e que apenas a intervenção dos EUA ajudou a acalmar as partes.
Ainda antes, a Marinha do Paquistão divulgou um vídeo de alegados submarinos indianos que teriam tentado entrar nas águas paquistanesas.
Sputnik News