Lideranças do PDT, PCdoB e PSB se reuniram ontem, mas não fecharam posição sobre sucessão no Legislativo federal
Isolada, a bancada do PSB deve se reunir na próxima semana para debater o rumo do partido na próxima legislatura. Apesar da discordância quanto ao apoio a Maia, a formação do bloco é a prioridade dos partidos. “Essa questão da sucessão não tem consenso, mas entendemos que é preciso valorizar a questão do bloco”, ponderou o deputado federal Tadeu Alencar (PE), líder do PSB na Câmara. “Vamos ver como se ajusta mais na frente”, acrescentou.
PCdoB
Antes da reunião entre os três partidos, a Executiva nacional do PCdoB manifestou-se preferência pelo apoio à recondução de Maia. A vice-governadora Luciana Santos, presidente nacional do PCdoB, justificou o indicativo como forma de garantir espaços para a oposição e destacou que possui relação de confiança com Maia há três anos. “É necessário a gente ter relações institucionais que possam garantir a resistência e a atuação do bloco da oposição que se dê com o mínimo de civilidade e respeito às diferenças que temos das pautas que estão por vir do governo para a Câmara dos Deputados”, declarou.
Dissidência
Mais cedo, o deputado federal eleito Túlio Gadêlha (PDT-PE), apesar de dissidente, reuniu-se com Maia, na residência oficial do presidente da Câmara, a convite do democrata. Ele, Tábata Amaral (SP) e Idilvan Alencar (CE) foram as vozes discordantes da bancada do PDT ao apoio ao atual mandatário na Câmara. Segundo Gadêlha, o encontro não representa mudança de postura. “Não defini meu voto, fico reticente sobre quais outros acordos que ele (Maia) teria feito com o PSL”, afirmou o pedetista. “Isso não inviabiliza o diálogo”, acrescentou.