Bolsonaro e Netanyahu se encontraram sob forte esquema de segurança

O presidente eleito Jair Bolsonaro, o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, e primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, almoçam no Forte de Copacabana Foto: Divulgação

Segurança de Netanyahu era maior do que a de Bolsonaro

Gabriel Martins e Bruno Abbud
O Globo

O presidente eleito Jair Bolsonaro chegou ao Forte do Copacabana por volta das 13h30 desta sexta-feira. Sem falar com a imprensa, a comitiva de Bolsonaro entrou rapidamente no local. Ele participou nesta tarde de um almço e de uma reunião com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, no Forte de Copacabana. Às 14h foi a vez do político israelense chegar ao Forte.

O esquema de segurança para a chegada do israelense, entretanto, foi maior do que o da chegada de Bolsonaro. Um trecho da rua que dá acesso para o Forte foi fechado para a chegada de Netanyahu.

DOIS CICLISTAS – Na porta do Forte, houve um momento de confusão quando dois ciclistas passaram e gritaram frases de apoio ao ex-presidente Lula. Os apoiadores de Bolsonaro começaram a xingar os ciclistas, que seguiram rumo à orla de Copacabana. Antes, durante a chegada de Bolsonaro, apoiadores faziam festa, aos gritos de “fora PT” e contra a imprensa.

O encontro a sós com Bolsonaro tinha previsão para durar cerca de meia hora. Às 14h15, juntaram-se aos líderes o futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o futuro ministro da Defesa, o general Fernando Azevedo e Silva, e Paulo Guedes, futuro ministro da Economia.

O primeiro-ministro desembarcou na manhã desta sexta-feira na Base Aérea do Galeão e foi recebido pelo prefeito do Rio, Marcelo Crivella. Este é o primeiro compromisso de Netanyahu no Brasil. De acordo com a sua agenda, o político israelense segue para a sinagoga Beit Yaacov, em Copacabana. No sábado, deve conhecer pontos turísticos do Rio de Janeiro ao lado da esposa. No domingo e na segunda-feira, o encontro será com jornalistas e líderes religiosos.

IRÁ À POSSE – Já na próxima terça-feira, Netanyahu seguirá para Brasília, onde participará da posse presidencial e se reunirá com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, e com os presidentes de Honduras, Juan Hernández, e Chile, Sebástian Piñera.

Assim que foi eleito, Bolsonaro anunciou que pretendia transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, cidade que é reivindicada em parte pelo povo palestino. Há um ano, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu Jerusalém como a capital de Israel, provocando protestos dos palestinos e de países árabes, que também têm feito alertas a autoridades brasileiras de que a venda  de produtos do Brasil para países da região podem ser reduzidas como represália à possível decisão.

Nesta semana, Bolsonaro anunciou que enviará  o ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, a Israel para visitar estações de dessalinização no país. A parceria entre os países foi anunciada como um benefício para o Nordeste, que sofre com a seca.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *