Prefeito do Cabo, Lula Cabral é preso em operação da PF

O pessebista é apontado, segundo as investigações, de ter sido o mandante da alteração da carteira de investimentos do Instituto de Previdência da cidade para fundos compostos por ativos “podres”, o que põe em risco o pagamento futuro de aposentadorias

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O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Lula Cabral (PSB) foi preso, nesta sexta-feira (19). Ele é um dos alvos da Operação Abismo, deflagrada pela Polícia Federal na manhã de hoje com o intuito de reprimir e desarticular um esquema de fraudes no Instituto de Previdência dos servidores da cidade.

Em nota, a PF disse que as investigações tiveram início em março deste ano e, segundo os dados coletados, “foram transferidos mais de R$ 90 milhões do instituto – que antes se encontravam investidos em instituições sólidas – para fundos compostos por ativos ‘podres’, isto é, sem lastro e com grande probabilidade de inadimplência futura, colocando em risco o pagamento da aposentadoria dos servidores do município”.

Lula Cabral é apontado como o mandante da alteração. Como a investigação segue em sigilo, a PF não confirmou a informação, mas a nota que divulga a Operação Abismo aponta que a alteração na carteira de investimentos do Instituto de Previdência “foi efetuada a mando do prefeito do aludido município, por meio de ingerência indevida na administração daquele órgão, em razão do oferecimento de vantagem indevida”.

Ao todo, a PF está cumprindo 42 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e 12 mandados de prisão temporária, nos estados de Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Goiás, Santa Catarina e no Distrito Federal.

Também são alvos dos mandatos de prisão empresários, lobistas, advogados, políticos, religiosos e outras pessoas ligadas ao esquema criminoso. Os nomes não foram divulgados pela PF.

As medidas foram determinadas pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), que ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores depositados em contas em nome dos investigados.

Os crimes que estão sendo imputados aos suspeitos são lavagem de dinheiro, associação criminosa, crimes financeiros, corrupção ativa e passiva, cujas penas ultrapassam os 30 anos de reclusão. Os presos serão levados até a sede da Polícia Federal onde serão interrogados e logo em seguida irão ser encaminhados para os respectivos sistemas prisionais.

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