Euclides da Cunha

Em 15 de agosto de 1909, morre Euclides da Cunha, autor de ‘Os Sertões’

Euclides da Cunha
O escritor se tornou conhecido por sua obra literária ‘Os Sertões’, que retrata a Guerra dos Canudos (Foto: Wikimedia)

Em 15 de agosto de 1909, Euclides Rodrigues da Cunha, escritor conhecido por obra literária “Os Sertões”, que retrata a Guerra dos Canudos, morre após um tiro. Ao saber que sua esposa, Ana Assis, tinha um caso extraconjugal com o tenente Dilermando de Assis, o escritor segue armado em direção ao bairro de Piedade, no Rio de Janeiro. Ao brigar com com Assis, Euclides da Cunha acaba levando um tiro.

Nascido em 20 de janeiro de 1866, no Cantagalo, no Rio de Janeiro, Euclides da Cunha frequentou conceituados colégios fluminenses, dando continuidade aos seus estudos na Escola Politécnica e, um ano depois, na Escola Militar da Praia Vermelha.

Em 1888, foi desligado do Exército por questões políticas e recebeu um convite para escrever no jornal A província de São Paulo, hoje conhecido como O Estado de São Paulo, engajando-se na propaganda republicana.

Após a Proclamação da República, em 1889, conseguiu se reintegrar ao Exército quando retornou à Escola Militar da Praia Vermelha. Depois de se formar na Escola Superior de Guerra, ele se tornou primeiro-tenente, além de trabalhar na Estrada de Ferro Central do Brasil.

Em 1897, época em que ocorreu a insurreição de Canudos, Euclides da Cunha produziu dois artigos que marcaram sua carreira, dentre eles, “A nossa Vendéia”, que lhe rendeu bons frutos, como um importante convite do Estado de S. Paulo para acompanhar o final do conflito como correspondente do jornal. Euclides presenciou o massacre sofrido por Antônio Conselheiro e seus seguidores e, com isso, reuniu conteúdo suficiente para a produção de sua principal obra literária, traduzida para vários idiomas e nomeada “Os Sertões: campanha de Canudos”, publicada em 1902. Este é um dos mais importantes livros já escritos por um brasileiro e retrata a luta diária da vida sertaneja contra a paisagem e a incompreensão das elites governamentais. A obra é dividida em três partes: “A terra”, “O homem” e “A luta”. Em razão do sucesso deste livro, Euclides da Cunha tornou-se um autor renomado e passou a fazer parte da Academia Brasileira de Letras em 1903.

Em 1905, ficou um ano na chefia da Comissão de Reconhecimento do Alto Purus, que tinha como objetivo cooperar para a demarcação de limites entre o Brasil e o Peru. Este período resultaria, mais tarde, na obra “À Margem da História”, uma grande viagem pela região, pertencente à Amazônia, que retrata a exploração dos seringueiros na floresta.

Fontes:
Euclides da Cunha-Biografia
Uol Educação-Euclides da Cunha
Brasil Escola-Euclides da Cunha

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