Aldo, o nome do Solidariedade para vice de Alckmin

Por Cristiana Lôbo

O ex-deputado e ex-ministro Aldo Rebelo é o nome que o Solidariedade guarda a fim de indicar para compor como vice a chapa do tucano Geraldo Alckmin, caso seja negativa resposta de Josué Gomes ao convite para o cargo.

Há também quem defenda o nome do senador Alvaro Dias, do Podemos, que é candidato e já afirmou que não desistirá da disputa. Ele tem mandato como senador pelo Paraná até 2022.

O presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva, já está ouvindo lideranças de outros partidos sobre o nome de Aldo para compor a chapa com Alckmin.

Josué Gomes ficou de dar a resposta definitiva nesta quinta-feira, quando os partidos do chamado “Centrão” devem anunciar, às 10h, o apoio conjunto do bloco ao tucano.

Ao anunciar a filiação de Aldo ao partido, o Solidariedade cogitava o ex-deputado como nome para disputar a Presidência da República.

Ele construiu carreira política no PCdoB e, pelo partido, ocupou cargos importantes nas administrações do PT:

  • No governo Lula, líder do governo Lula na Câmara; presidente da Câmara; e ministro da Articulação Política
  • No governo Dilma, ministro do Esporte, da Ciência e Tecnologia e da Defesa.

No fim do ano passado, Aldo Rebelo filiou-se ao PSB, onde ficou por pouco tempo. Quando o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa se filiou ao partido e foi apresentado como pré-candidato à Presidência, Aldo deixou a legenda.

Ele argumentou que tinha opiniões distintas do possível candidato – meses depois, Barbosa desistiu de concorrer. Ao deixar o PCdoB, Aldo disse que deixava o partido, mas não mudava de lado na política, continuava no campo da esquerda. “Estou mudando de partido, não de sexo”, comparou.

Aldo Rebelo nasceu em Alagoas e foi criado numa fazenda do ex-senador Teotônio Vilela. O pai era capataz na fazenda, mas Aldo não quis seguir o caminho. Quis estudar, no que foi estimulado por Teotônio. Teotônio o chamava de “Amarelo”, por ser franzino.

Aldo cultua hábitos do sertanejo nordestino e, para alguns, poderia ajudar Alckmin a aproximar seu discurso do eleitor da região, onde o tucano tem o pior desempenho. E depois do apoio de conservadores, Aldo na chapa daria uma tintura de esquerda à chapa do tucano.

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