MPPE abre denúncia contra Vado da Farmácia e ex-secretário do Cabo

O ex-prefeito do Cabo foi acusado de fraude e improbidade admnistrativa na Operação Ratatouille

Recentemente Vado desistiu de se candidatar a deputado estadual.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) abriu denúncia civíl e criminal contra o ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Vado da Farmácia, e o ex-secretário municipal de Assuntos Estratégicos e Logística, Paulinho Valério da Silva Neto. A dupla é acusada de chefiar uma organização criminosa responsável por lavagem de dinheiro e fraudar licitações no município do Cabo de Santo Agostinho. A denúncia faz parte das investigações realizadas pela Operação Ratatouille, braço da Lava Jato deflagrada em junho de 2017.

A contratação da Casa da Farinha, que fornecia alimentos para programas sociais, escolas e hospitais públicos, também foi apontada pela investigação como prática criminosa. O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE) apurou a existência de escolas que não possuíam alunos de ensino fundamental e de notas fiscais não compatíveis com os valores fornecidos. Além do setor alimentício, foram encontradas irregularidades ramos da construção civil, automotivo, educacional e demais empresas terceirizadas pelo Executivo municipal.

A apuração feita pela Promotoria do Cabo alegou que Vado apresentava um “padrão de vida significativamente superior ao que permitiam os vencimento de seu cargo público.” A investigação reitera que ex-prefeito (2013-2016) adquiriu bens, veículos e imóveis em negociações intermediadas por Valério, que arregimentava pessoas para serem proprietários de fachada dos bens. Ainda segundo o despacho, foram comprovadas movimentações bancárias superiores aos rendimentos líquido que o ex-prefeito teria devido ao cargo público.

“Em investigações da Promotoria do Patrimônio Público e do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que precederam o inquérito policial, foram constatadas irregularidades sérias em diversos procedimentos licitatórios e contratos firmados pela Prefeitura do Cabo. Esses indícios de práticas criminosas apontam que os acusados lesaram o erário municipal, acarretando em enriquecimento desproporcional e criminoso dos agentes políticos”, sustenta o MPPE em documento.

PV
Em 2018 o ex-prefeito cogita disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) pelo Partido Verde (PV). Ao JC Online, em maio, o presidente da sigla em Pernambuco, Carlos Augusto Costa, defendeu a candidatarua de Vado. “Se você não é ficha suja, você tem as prerrogativas legais para ser candidato”, afirmou Carlos.

A reportagem procurou Vado da Famácia e Paulinho Valério ,porém não foram localizados. O presidente do PV também foi procurado, mas não houve retorno.

CASA DE FARINHA
“A Casa de Farinha, empresa que atua com transparência e retidão há 13 anos no fornecimento de alimentação coletiva em vários estados, a exemplo de São Paulo, Pernambuco e Bahia, com a colaboração de mais de dois mil funcionários, esclarece que não tem qualquer relação, direta ou indireta, com o conjunto dos fatos em apuração, pautando sua atuação pela lei.

A empresa foi contratada pela Prefeitura Municipal do Cabo de Santo Agostinho para prestar serviços de fornecimento de merenda escolar por meio de regular processo licitatório em 2014, do qual se sagrou vencedora. Desde então, vem cumprindo o contrato com o rigor necessário.

A Casa de Farinha dispõe de todas as certidões e documentações exigidas para habilitação no ramo de refeições coletivas, sempre prezando pela excelência na prestação dos serviços. A empresa busca, sempre, a correta aplicação das normas sanitárias e dos procedimentos de controle de qualidade, com plena e irrestrita observância à legislação em vigor.

A Casa de Farinha reitera seu compromisso com a boa prática na execução de seus contratos junto aos seus clientes, sendo a maior interessada na busca da verdade e no esclarecimento dos fatos, comprometendo-se a colaborar de forma irrestrita com todas as autoridades responsáveis pela apuração do caso.”

JC Oonline/NE10

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