Relator do caso já prorrogou investigação por duas vezes. Presidente é alvo de inquérito que apura se houve pagamento de propina em troca de benefícios a empresas na edição do decreto dos portos.
Por Vladimir Netto
A Polícia Federal pediu nesta quinta-feira (28) ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais 60 dias para concluir o inquérito que investiga se o presidente Michel Temer favoreceu empresas do setor de portos em troca de propina.
Este é o terceiro pedido de prorrogação apresentado pela PF nessa investigação.
Em maio, o ministro Luís Roberto Barroso, relator do inquérito, já havia concedido mais prazo, até início de julho, para o fim das investigações.
Mas, com a proximidade do fim do prazo, a PF argumenta que ainda não conseguiu concluir a apuração e, por isso, pede a nova prorrogação.
O inquérito foi aberto no ano passado a partir de depoimentos de executivos do grupo J&F que fecharam acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.
A investigação apura se um decreto editado por Temer tinha por objetivo beneficar empresas específicas que atuam no porto de Santos (SP). O presidente nega que o decreto tivesse essa finalidade.