Além do leilão adicional de swap, o Banco Central dará continuidade à rolagem integral dos contratos que vencem em 1º de junho. A medida já vinha sendo adotada ao longo dessa semana, em que o dólar acumulou alta de 3,85% frente ao real.
A nota do BC ressalta que sua atuação no mercado cambial é separada de da política monetária, numa clara referência à decisão dessa semana do Conselho de Política Monetária de manter a taxa básica de juros da economia (Selic) em 6,5%. A medida foi interpretada como uma tentativa de evitar efeitos da inflação em decorrência da valorização do dólar, que pode encarecer produtos e serviços importados em moeda estrangeira.
“O Banco Central reitera que eventuais impactos de choques externos sobre a política monetária são delimitados por seus efeitos secundários sobre a inflação (ou seja, pela propagação a preços da economia não diretamente afetados pelo choque)”. De acordo com o BC, os efeitos da alta do dólar “tendem a ser mitigados pelo grau de ociosidade da economia e pelas expectativas e projeções de inflação ancoradas nas metas. Não há, portanto, relação mecânica entre o cenário externo e a política monetária”, conclui a nota.
Agência Brasil Brasília