Tribunal julga terça-feira mais um recurso de Eduardo Azeredo antes de ser preso

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Azeredo se preocupa com a possibilidade de ser preso

Deu em O Tempo

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) vai julgar, na próxima terça-feira, dia 22, os embargos de declaração propostos pela defesa do ex-governador Eduardo Azeredo, condenado a 20 anos e um mês de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, cometidos no escândalo que ficou conhecido como mensalão tucano mineiro.

Esse é o último recurso que Azeredo pode interpelar antes de ser preso. O esquema, conforme denúncia do Ministério Público, desviou cerca de R$ 3,5 milhões de estatais como o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) para a campanha do tucano pela reeleição em 1998, quando foi derrotado por Itamar Franco.

MARCOS VALÉRIO – As investigações mostraram ainda que agências de publicidade de Marcos Valério de Souza foram utilizadas na ação.

Em abril, o TJMG negou os embargos infringentes de Azeredo. Pela sentença de condenação, o cumprimento da pena deve começar quando esgotada a possibilidade de apelação na justiça estadual, que se esgota, desta forma, na próxima terça.

Em entrevista à rádio Super Notícia FM no final de abril, Eduardo Azeredo confessou estar aflito com a possibilidade de ser preso. “Não vou ser falso de dizer que não fico aflito. Fico, fico aflito sim. Mas é uma cobrança descabida, é um excesso o que está se fazendo em cima de mim”, contou.

OUTROS RESPONSÁVEIS – O tucano disse que vem sendo vítima de falta de informação de como funciona um governo. “As estatais têm um conselho fiscal. Têm diretoria com autonomia. Têm um cargo que se chama ordenador de despesas. Essas pessoas que são responsáveis”, disse ele, sem citar nomes.

“Estou triste. Estou triste porque é uma coisa injusta. Não me beneficiei. Meus filhos não se beneficiaram de eu ter sido governador, de eu ter sido prefeito de Belo Horizonte. Tenho uma casa que construí em 1984 com dinheiro do BNH (Banco Nacional de Habitação)”, disse o tucano na entrevista.

Segundo Azeredo, o que aconteceu à época foi uma “questão de eleição”. “Eleição que nas regras da época você tinha financiamento empresarial, e esses financiamentos não eram todos eles contabilizados. Que é aquela coisa que ficou famosa na época, mas eram todos os candidatos”, contou.

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