Lava-Jato mira R$ 200 milhões em propina, destinada a políticos do PMDB

Carro oficial da Polícia Federal Foto: Agência O Globo

As equipes da PF estão cumprindo a 51ª Operação

Deu em O Globo

A força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba desencadeou a 51ª operação, na manhã desta terça-feira, batizada de Dejá Vu. Seis prisões estão sendo efetuadas – quatro preventivas e duas temporárias – no Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. No Rio, as buscas ocorrem na capital, em Paraty, Miguel Pereira e Niterói. Em São Paulo, em Guaratinguetá, no Vale do Paraíba. As investigaço?es apontaram pagamento de propina que se estendeu de 2010 até pelo menos o ano de 2012, e superou o montante de US$ 56,5 milhões, equivalentes, atualmente, a aproximadamente R$ 200 milhões.

Essas vantagens indevidas pagas relacionam-se à obtenção fraudulenta de contrato, de mais de US$ 825 milhões, firmado em 2010 pela Petrobras com a construtora Norberto Odebrecht.

ESQUEMA DO PMDB – Segundo o Ministério Público Federal (MPF), há provas de repasses de cerca de US$ 25 milhões para funcionários da Petrobras. Outros US$ 31 milhões foram destinados a intermediários de políticos do PMDB.

No total, cerca de 80 policiais federais cumprem cumprem 17 mandados de busca e apreensão, destinados a coletar provas sobre crimes de corrupção, associação criminosa, fraudes em contratações públicas, crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e de lavagem de dinheiro, dentre outros delitos.

Segundo a Polícia Federal, as investigações realizadas indicam a repetição de um modus operandi já amplamente revelado pela Operação Lava Jato: a obtenção de contratos por parte de grupo empresarial junto à Petrobras, em valores superfaturados, mediante o pagamento de vantagens indevidas a executivos e gerentes da empresa petrolífera.

PROPINA AO GERENTE – As investigações também apontam que parte dos recursos pagos de vantagem indevida pelo Grupo Odebrecht foram feitos em troca de contratos com a estatal.

A última etapa da Lava-jato havia sido a 50ª fase, a Sothis II segundo o Ministério Público Federal (MPF), a investigação mostrou que a empresa Meta Manutenção e Instalações Industriais Ltda teria pago R$ 2,3 milhões para o ex-gerente da estatal José Antonio de Jesus, entre 2009 e 2001.

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