Coração do Brazil é um vulcão. Por Jose Adalberto Ribeiro

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comentarista   Por  Jose Adalberto Ribeiro  – Jornalista e escritor

MONTANHAS DA AL-JAQUEIRA – Saudades do ministro da Guerra, Raul Jungmann! Onde tá tu, Raul? Tá no Rio de Janeiro? Tá no Planalto? Tá na planície? Tá nas fronteiras do Brazil? O presidente Michel Temer é um cara malvado. Jogou uma bomba atômica na caixa dos peitos de RJ. Missão heróica: apascentar o coração do Brazil.

O coração do Brazil hoje é um vulcão.

A guerra no Brazil é subterrânea, nas cavernas, nas emboscadas, nas moitas, nos abismos. O Rio de Janeiro, ministro RJ, é um vulcão em erupção, é ingovernável. Nem o norte-coreano Kim Jong-um, nem o Papa é capaz de pacificar as guerras aos pés do Cristo Redentor.

Os 15.735 quilômetros de fronteiras terrestres do Brazil, da Guiana Francesa ao Uruguai, são ingovernáveis. Quando eu crescer e for nomeado ministro da Guerra pelo futuro presidente Michel Temer Bisneto, eu vou decretar intervenção federal nas fronteiras do Brazil.

Barbarizaram, esculacharam, degradaram, esfolaram nosso Brazil. Faz lembrar o personagem Santiago Nasar ao final do romance “Crônica de uma morte anunciada”. “Empapado de sangue, levando nas mãos o cacho de suas entranhas, deixando no ar o horrível cheiro de merda, Santiago falou para a tia Wenefrida: “Me mataram, querida Wene!” Ainda hoje estão esfolando as tripas do Brazil.

A corrupção, o mandonismo, o autoritarismo, o parasitismo do Estado brasileiro, a extorsão tributária, a opressão contra os mais humildes, a violência e os traços culturais da escravatura fazem parte das nossas honoráveis tradições desde os tempos coloniais.

Os impostos hoje são o dobro do “quinto dos infernos” (20 por cento) dos tempos coloniais. O sistema tributário funciona como uma extorsão legalizada para esfolar os contribuintes, asfixiar as empresas e extorquir os consumidores. Exemplo: um automóvel top de linha em nosso País custa em média o dobro do valor vigente nos Estados Unidos, por conta dos impostos extorsivos que alimentam os governos corruptos e incompetentes e as castas de servidores.

As leis trabalhistas – CLT foram implantadas durante Estado Novo de Vargas, em 1943, sob inspiração da “Carta Del Lavoro da ditadura fascista de Benito Mussoline na Itália (de 1925 a 1939).

Em Pernambuco o famoso “Acordo do Campo” foi celebrado pelo Governo Arraes, idos de 1963, com os bárbaros usineiros e fornecedores de cana. Até então, imperava a “lei do cambão”. Carteira de trabalho assinada e salário mínimo nem pensar. Os usineiros não foram pródigos nem para si mesmos, pois não construíram riquezas, a maioria deles faliu, existe um legado de indigências na Zona da Mata.

No paralelo, a legislação trabalhista paternalista criou uma categoria de parasitas, os pelegos sindicais. Eles não fiam nem tecem, são sanguessugas que defendem seus próprios privilégios em nome dos trabalhadores e desqualificam as relações trabalhistas.

Os vermelhos que hoje, de modo leviano, chamam de fascistas os defensores das mudanças na CLT fingem ignorar este fato histórico (ou são mesmo ignorantes). A caterva vermelha de hoje tem saudades do fascismo de ontem.

A realidade virou pelo avesso. Os micros, pequenos e médios empresários, que movem a economia, têm medo de contratar trabalhadores por causa da cultura de conflito social, do custo do emprego, dos encargos sociais e dos impostos. E assim caminha o retrocesso social, cultural e institucional.

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