O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu inquérito civil para investigar o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB-SP) nesta sexta-feira, 20. Os promotores vão analisar se o político tucano cometeu improbidade administrativa.

Geraldo Alckmin é suspeito de ter recebido mais de R$ 10 milhões provenientes de caixa dois do grupo Odebrecht para as suas campanhas eleitorais de 2010 (R$ 2 milhões) e 2014 (R$ 8,3 milhões). No último dia 11 de abril, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) delegou o caso para o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

O inquérito do MP-SP vai apurar também o envolvimento do cunhado de Geraldo Alckmin, Adhemar Cesar Ribeiro, e do ex-secretário de Planejamento do estado de São Paulo Marcos Antonio Monteiro. A ação foi assinada pelos promotores Otávio Ferreira Garcia, Nelson Luis Sampaio de Andrade e Marcelo Camargo Milani.

A lei de 1992, na qual a improbidade se enquadra, não prevê prisão, apenas multa, suspensão de direitos políticos, inelegibilidade e perda de cargo. A ilegalidade acontece quando há fraude em licitação ou recebimento de propina.

Em nota, a assessoria de Alckmin disse que o ex-governador está tranquilo com a investigação e tem “total consciência da correção de seus atos”. “O ex-governador vê a investigação de natureza civil com tranquilidade e está à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos. Não apenas por ter total consciência da correção de seus atos, como também por ter se posicionado publicamente contra o foro privilegiado. Registre-se que os fatos relatados já estão sendo tratados pela Justiça Eleitoral, conforme determinou o Superior Tribunal de Justiça”, disse a assessoria de Alckmin.

fonte:FOLHA DE SÃO PAULO