Extrema direita: o medo que ameaça a Alemanha

A jornalista Melanie Amann questiona, em Angst für Deutschland, se o AfD ajudou ou prejudicou a democracia. Há semelhanças óbvias entre o discurso virulento do AfD, seus ataques ao “politicamente correto”, e movimentos como a Frente Nacional na França, a campanha pelo Brexit no Reino Unido, a de Donald Trump nos Estados Unidos e mesmo a do deputado Jair Bolsonaro no Brasil.

Época – Por Hélio Gurovitz

Desde as eleições de 24 de setembro, a chanceler Angela Merkel não obtém maioria para governar a Alemanha. A primeira tentativa de coalizão unia o partido dela, democrata-cristão, a verdes, liberais e ao aliado tradicional, os social-cristãos da Baviera. Os liberais pularam fora; a coalizão gorou. Depois do fracasso, os sociais-democratas, que se negavam a negociar com Merkel, mudaram de ideia. Prosseguiam na semana passada as conversas para manter no poder a coalizão atual, entre partidos que saíram enfraquecidos das urnas, com diferenças profundas sobre temas críticos, como saúde ou refugiados. Todos querem evitar novas eleições num clima de incerteza, cujo único beneficiário seria o novato Alternativa para a Alemanha (AfD). Pária entre os demais partidos, o AfD é a primeira agremiação identificada com ideias de extrema-direita a conquistar espaço no Parlamento Federal (Bundestag) desde a derrota do nazismo, no final da Segunda Guerra Mundial.

Desde as eleições de 24 de setembro, a chanceler Angela Merkel não obtém maioria para governar a Alemanha. A primeira tentativa de coalizão unia o partido dela, democrata-cristão, a verdes, liberais e ao aliado tradicional, os social-cristãos da Baviera. Os liberais pularam fora; a coalizão gorou. Depois do fracasso, os sociais-democratas, que se negavam a negociar com Merkel, mudaram de ideia. Prosseguiam na semana passada as conversas para manter no poder a coalizão atual, entre partidos que saíram enfraquecidos das urnas, com diferenças profundas sobre temas críticos, como saúde ou refugiados. Todos querem evitar novas eleições num clima de incerteza, cujo único beneficiário seria o novato Alternativa para a Alemanha (AfD). Pária entre os demais partidos, o AfD é a primeira agremiação identificada com ideias de extrema-direita a conquistar espaço no Parlamento Federal (Bundestag) desde a derrota do nazismo, no final da Segunda Guerra Mundial.

Há semelhanças óbvias entre o discurso virulento do AfD, seus ataques ao “politicamente correto”, e movimentos como a Frente Nacional na França, a campanha pelo Brexit no Reino Unido, a de Donald Trump nos Estados Unidos e mesmo a do deputado Jair Bolsonaro no Brasil. Com 12,6% dos votos, o AfD conquistou 94 cadeiras no Bundestag apoiado sobre uma plataforma capaz de abrigar conservadores nacionalistas e manifestantes xenófobos, adversários do euro e críticos da globalização, negacionistas das mudanças climáticas e antissemitas, islamófobos e militantes antiaborto, antagonistas do casamento gay e defensores do livre-mercado – todos os que, enfim, se encaixam no discurso feito sob medida para o ouvinte, mistura de populismo, nacionalismo, liberalismo vulgar, decepção e, sobretudo, medo.

Leia a reportagem na íntegra aqui: O medo que ameaça a Alemanha

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