Temer age para barrar denúncia

Presidente passa o fim de semana reunido com ministros e deputados para fechar defesa

Meta. Temer quer liquidar denúncia na Câmara ainda em outubro para iniciar nova fase do governo, com “repaginada” na imagem a partir de novembro para conter rejeição

O presidente Michel Temer reservou o fim de semana para se reunir com aliados no Palácio do Jaburu para discutir estratégias de defesa na Câmara para barrar a segunda denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR). Já esteve por lá o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco, que também é alvo da peça acusatória, assim como o titular da Casa Civil, Eliseu Padilha. Outros líderes e ministros devem ir ao encontro de Temer neste domingo (01/10).

Na sexta-feira, o presidente foi a São Paulo para se reunir com advogados. O Palácio do Planalto trabalha para que a defesa dele seja entregue até a próxima quarta-feira, embora alguns preferissem que o fato ocorresse já na segunda-feira (02/10

A tropa de choque de Temer já começou a contar os votos que o presidente tem a seu favor na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Acusação. Temer é acusado de obstrução de Justiça com base nas delações de executivos do grupo J&F, proprietário da JBS. Em áudio entregue à PGR pelo empresário Joesley Batista e gravado em março no Palácio do Jaburu, Temer escuta o dono do conglomerado dizer que estava pagando pelo silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do doleiro Lúcio Funaro – apontado como operador de propinas do PMDB. Ao ouvir o relato do empresário, o presidente da República se limita a dizer: “Tem que manter isso, viu?”.

Temer também é acusado de participar de organização criminosa junto com os ministros Padilha e Moreira Franco. Segundo a denúncia da Procuradoria Geral da República, os três faziam parte do quadrilhão do PMDB da Câmara.

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