5 fatos que você deve saber sobre Rodrigo Janot

Por Francine Galbier

Escolhido em 2013 por Dilma Rousseff para o cargo máximo da Procuradoria-Geral da República, Rodrigo Janot deixará o mandato em três meses mas, pelo jeito, pretende permanecer em cena. Janot está agindo com nítido víes político.

Ostentador da imagem de bastião da moralidade, se lançou em uma missão: atacar os opositores do petismo. Nesta semana irá denunciar Temer por corrupção, obstrução da justiça e organização criminosa. Com isso Michel Temer, com autorização de dois terços da Câmara, poderá ser afastado por 180 dias até julgamento pelo STF.

Para políticos da base de apoio do governo, o procurador-geral está perseguindo Temer porque, supostamente, o presidente não escolheu seu indicado para sucedê-lo no comando da Procuradoria-Geral da República.

O ego de Rodrigo Janot está fora de controle

Nas últimas semanas circularam informações sobre uma solicitação absurda do procurador-geral ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF. O pedido era para colocar microfones de escuta em todos os ambientes do gabinete do presidente, e instalar grampos em seus telefones fixos e celulares. Por questões de bom senso, Fachin não autorizou.

Quando questionado sobre o pedido, Janot esbravejou: “Eu tenho cara de cretino para fazer uma coisa dessas?”.

A permanência de Rodrigo Janot na Procuradoria-Geral da República pode arruinar a Lava Jato.

Não é uma coincidência os lulistas-ativistas-artistas-esquerdistas-fascistas, que enxergam na queda de Temer uma oportunidade para Lula ressurgir numa – impossível – eleição direta, estarem trabalhando nos últimos dias para conseguir uma audiência com Janot. A desculpa é de que querem fazer um apelo para que ele concorra para um terceiro mandato ou a Lava Jato estaria ameaçada.

A verdade é o contrário e por isso que os sicários petistas querem que ele permaneça, pois Janot esta agindo como um caçador de opositores do PT. Por acaso, ou não, Lula foi o presidente que mais colaborou para a ascenção de Janot no Ministério Público.

As denúncias apresentadas por Rodrigo Janot são frágeis

Teori Zavascki, antigo relator da Lava Jato no STF, antes de morrer, em um acidente de avião que causou muitos questionamentos quanto a natureza do acontecimento, teria se incomodado com o trabalho de Janot quanto a Lava Jato.

Teoria manifestou seu descontentamento para pessoas próximas, para ele as denúncias que eram oferecidas por Rodrigo Janot tinham baixa qualidade e por isso, poderiam acabar em absolvição. 

Com todo histórico e experiência do procurador-geral, é improvável que as fragilidades dessas denúncias sejam por inexperiência quanto as brechas da lei.

Além disso, nas últimas duas semanas, segundo apuração da ISTOÉ, os advogados da defesa de Lula circulam por Brasília e São Paulo com sorrisinhos contidos. A razão seria as brechas que Janot estava abrindo para que a validade das delações que atingem Lula sejam questionadas e, até mesmo, anuladas.

Janot traiu o país com o acordo injusto que fez para os donos da JBS. 

No meio jurídico é claro que os benefícios conquistados pelos executivos são desproporcionais: os brasileiros saíram perdendo. Era possível a denúncia aos irmãos Joesley e Wesley Batista sem oferecer nenhum acordo. Todas as investigações exaustivas que poderiam colocar os empresários na cadeia se foram com o acordo de Janot.

O procurador-geral atentou contra a democracia perseguindo a imprensa

O jornalista Reinaldo Azevedo estava proferindo a bastante tempo apontamentos claros e objetivos sobre as ações duvidáveis de Rodrigo Janot. Em maio, o procurador-geral anexou uma gravação privada entre Reinaldo e Andreia Neves, irmã de Aécio Neves, que está presa. Na conversa Reinaldo emitia criticas à revista Veja, onde trabalhava na época. O conteúdo era irrelevante ao processo, visava apenas prejudicar o jornalista e deixou ainda mais evidente o comportamento autoritário e obsessivo de Janot com aqueles que se opõe aos seus objetivos.

Será que Janot está agindo pela justiça ou por ambição?

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