Indícios de um acordão entre Temer e o PT vem se acumulando na última semana, desde que o Ministério Público revelou as gravações comprometedores de Joesley Batista e o presidente Temer.  Muitos dos objetivos permanecem os mesmos: aprovar uma anistia do caixa dois, a lei de abuso de autoridade (para intimidar o Judiciário)  e a proteção do sistema politico contra a Lava Jato. Mas o acordão passou a tomar sua forma atual quando Brasilia chegou a conclusão que a situação de Temer é insustentável.  Quando Temer cair, provavelmente cassado pelo TSE, haverá uma eleição indireta no Congresso para determinar quem será o próximo presidente, destinado a concluir o mandato originalmente Dilma, que se conclui em 2018.  O acordão se destina justamente em promover um nome, apoiado tanto por Temer, quanto por Lula, que possa garantir anistia para ambos. O nome mais cotado é o do ex-ministro de Lula, Nelson Jobim. Este acordo já começou a ser botado em pratica, hoje com a substituição do ministro da Justiça por Temer. Osmar Serraglio deu lugar Torquato Jardim, conhecido por sua postura abertamente antagonista a Lava Jato. Com a atitude Temer deixa claro que passou a fase em que fingia estar a favor da Operação Lava Jato, despreocupado em manter as aparências, Torquato terá uma única missão nesse fim da era Temer: demolir a Lava Jato.