PONTO A PONTO

Casa mal-assombrada – Uma maldição ronda os ministros da Casa Civil nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff: todos se envolveram em escândalo de corrupção. Todo-poderoso sob o comando de Lula, José Dirceu foi condenado no mensalão e preso na Lava Jato. Dilma Rousseff, considerada ótima gestora, perdeu o mandatou, neste ano, após aprovação do impeachment. Dilma foi substituído por Erenice Guerra, que caiu acusada de tráfico de influência a favor da família. Eleita presidente, Dilma nomeou Antonio Palocci para a Casa Civil, preso pela Lava Jato sob a acusação de extorquir R$ 128 milhões da Odebrecht. Em seguida, vieram Gleisi Hoffmann, suspeita de ter recebido R$ 1 milhão de propina, Aloizio Mercadante e Jaques Wagner. É uma casa mal-assombrada.

Pouca margem de mudançaNem mesmo acabaram as eleições municipais e o presidente Michel Temer anda focado na aprovação das reformas no Congresso. Nesta semana, Temer intensificou os debates com os líderes aliados a fim de aprovar, em outubro, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que impõe um limite de gastos públicos. Trata-se de resposta ao mercado financeiro, que reivindica ajuste fiscal para voltar a injetar dinheiro na economia brasileira. Com as reuniões, espera-se chegar a consenso sobre o texto final. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, acredita que não há “muita margem para mudanças”.

Pedra 60… – O ministro das Cidades, Bruno Araújo, azeitou a relação com o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, definido no Palácio do Planalto como principal voz entre tucanos e peemedebistas no governo Michel Temer. A dupla anda afinada, compartilhando informações sobre dados do governo. Solicito, Terra ganhou um apelido carinhoso: “Terra é 60”. Trata-se de alusão à soma dos dois partidos nas urnas: 15 (PMDB) e 45 (PSDB).

Cobertor curto – Com o fim do financiamento privado de campanha, os candidatos não encontram solução para custear os altos custos das eleições. Passado o pleito deste ano, o Congresso pretende discutir nova maneira para arrecadar recursos. Entre os tucanos, a ideia é fazer um modelo híbrido, que misture financiamento público com privado – desde que tenha um teto destinado pelos empresários. Os partidos, no entanto, apostam que o caminho é aumentar o fundo partidário, que gastou R$ 819 milhões em 2016. Em tempo de crise, o distinto contribuinte pode pagar a conta da eleição de suas excelências.

Bom e próspero quadro – Entrevistado no Frente a Frente de ontem, abrindo a série dos candidatos a prefeito de Olinda, Guga Rosas, do PV, impressionou pelas respostas inteligentes, seguras e, principalmente, pelo preparo intelectual. Médico por formação, Guga tem uma proposta impactante na área ambiental para Olinda, é um estudioso do setor de segurança pública, também, e conhece a Marim dos Caetés como ninguém. Pena que não tenha tido uma boa mídia e espaço na propaganda eleitoral para difundir as suas ideias.

Barrado – Eunício Oliveira (PMDB-CE) é o principal candidato à Presidência do Senado, em 2017. Desfrutando de prestígio com seus pares, Oliveira não foi convidado para o primeiro jantar realizado no Palácio da Alvorada, na terça-feira (27). Questionado sobre o motivo, ele foi lacônico: “Pergunte para eles”.

Casa nova – O presidente Michel Temer decidiu se mudar para o Palácio da Alvorada com a mulher Marcela Temer. Desconfiados desde a queda de Dilma Rousseff, o casal só se convenceu após autorização da primeira-dama, que visitou a residência oficial da Presidência na semana passada.

 

fonte:blogdomagno

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