Por Ricardo Noblat

Há poucos meses, em conversa com o então ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, o advogado Sigmaringa Seixas, amigo de Lula, sugeriu que Dilma propusesse ao Congresso a realização de uma nova eleição presidencial que coincidisse com as eleições municipais deste ano. Seria uma forma de Dilma driblar um eventual impeachment.

O ministro não concordou em levar a sugestão a Dilma. Então Sigmaringa comentou: “Leve, diga que a sugestão é minha”. O ministro não levou. Compreensível.

Primeiro porque nenhum auxiliar de Dilma tem coragem de lhe falar sobre coisas que possam desatar sua fúria. Segundo porque tudo o que Dilma não quer é ficar sem mandato tão cedo. Sem mandato, ela perderia o direito de só ser investigada ou julgada pelo Supremo Tribunal Federal. E ficaria sujeita à Lava-Jato e o juiz Sérgio Moro.