Notas e tuitadas:
– Minha sugestão de refrão para o ato de domingo, 13 de março:
“A queda da Dilma é nossa!
Sou brasileiro
Não há quem possa…
Ô Lula, devolve o ouro!
Que o nosso herói
É o Sérgio Moro!”
– Ato pró-Lula de domingo é cancelado (por falta de mortadela, já que os caminhoneiros são coxinhas). A rua é nossa, arrá, urru.
– Crise faz TAM extinguir rotas para os EUA, informa Lauro Jardim. Dilma deixa o Brasil, literalmente, sem saída.
– No jantar na casa de Tasso Jereissati, em Brasília, Renan Calheiros relatou aos presentes o que Lula lhe disse pela manhã: “Eu sei que posso ser preso a qualquer momento.” Este momento é o mais esperado da história recente brasileira.
– Lula foi alertado que poderá ter mandado de prisão para ele em uma nova fase da Operação Lava Jato, que pode ser precipitada com os últimos acontecimentos e novas delações, informa Gerson Camarotti, do G1. Tic-tac, Lula, tic-tac…
– No café da manhã, Lula pediu a Renan Calheiros que sondasse oposição para ver se havia espaço para um acordo para sair da crise, informa Andréia Sadi. Na hora do desespero, Lula quer diálogo…
– No começo do jantar com tucanos, Renan defendeu saída menos “traumática”, com Dilma. No final da conversa só ouvia, segundo relatos de senadores à repórter da Globonews. Dilma é indefensável.
– Eunício Oliveira: “O PMDB e o PSDB vão caminhar juntos em busca de solução para o país. Discutimos todos os cenários possíveis: o impeachment, a cassação da chapa pelo TSE e até a permanência de Dilma”. Este último tópico, parece, foi o primeiro e durou pouco.
– Segundo um senador tucano, o recado é: “Ou PMDB do Senado assume protagonismo, ou será levado”. O fato: já está sendo levado.
– Peemedebistas dizem que PMDB do Rio já deu sinal verde de que irá com a maioria do PMDB. É um desembarque olímpico.
– Com aval do vice Michel Temer, Renan, Romero Jucá e oposicionistas do PMDB na Câmara costuram documento que defende a liberação dos membros do partido na votação do impeachment e nas demais matérias que a legenda decida por não fechar questão. Dilma agoniza no governo.
– Sadi resume: PMDB de Temer e PMDB oposicionista já desembarcam sem romper: “rompimento branco”; Renan e Leonardo Picciani, que eram os maiores obstáculos à saída de Dilma, já estão dando sinais de afastamento também.
O PMDB é assim: tira as rodinhas da bicicleta, mas insiste em levá-las na mão.
– Renan parece ter finalmente entendido que, se Dilma não conseguiu proteger Lula da Lava Jato, tampouco conseguirá protegê-lo. Então chamou Picciani para conversar e, segundo Lauro Jardim, questionou-o “o quanto vale manter o apoio a Dilma”.
É a pergunta mais emblemática do PMDB: o quanto.
– O grupo do PMDB que quer o rompimento com o governo hoje é majoritário e ostensivo, segundo um auxiliar de Temer ouvido pelo Globo. Temer está pronto para assumir.
– Eis a moção de rompimento que o diretório da Bahia, liderado por Lúcio Vieira Lima, vai apresentar na convenção do PMDB, “considerando” que o governo Dilma acabou:
– Dilma ainda poderá ser investigada por ter nomeado o ministro Navarro Dantas para o STJ com o objetivo de soltar da cadeia os presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, conforme delação de Delcídio do Amaral. Como a nomeação foi no segundo mandato, não no primeiro, a Procuradoria-Geral da República admitiu que não cabe mais o argumento usado para poupá-la no ano passado.
Rodrigo Janot também desembarca do governo.
– Camarotti: “Lula também deixou Brasília preocupado com o PMDB. Ele recebeu relatos de que até mesmo a ala do partido no Senado, considerada mais governista, já começa a dar sinais de abandonar o barco, deixando Dilma à própria sorte.”
Ele convocou reunião de emergência do PT nesta quinta-feira (10) em São Paulo.
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Felipe Moura Brasil ? vejaabril