Lava Jato: técnica de “seguir o dinheiro” até a campanha de Eduardo de 2010

Presidente da Copergás, Aldo Guedes ocupa o mesmo cargo desde 2007, no início do governo Eduardo Campos. Foto: Michelle Souza/ JC Imagem
Ex-presidente da Copergás, Aldo Guedes, era sócio de Eduardo Campos. Foto: Michelle Souza/ JC Imagem

 

Após petição do ex-presidente da Copergás Aldo Guedes (foto), alvo da Lava Jato no inquérito do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), o ministro do STF Teori Zavascki tirou o sigilo na tramitação de ação cautelar, mantendo o conteúdo em segredo de Justiça. A decisão saiu no Diário da Justiça na quinta-feira, dia 11, após o Carnaval, e traz alguns detalhes.

Na Lava Jato, a PF quer o extrato reverso (ligações feitas e recebidas) de Aldo, de FBC, de Dalton Avancini (ex-presidente da Camargo Corrêa) e do ex-governador Eduardo Campos. É para apurar contradições.

A decisão diz que a PF quer quebrar o sigilo fiscal, bancário e telefônico de Aldo usando atécnica dofollow the money, seguindo o dinheiro, “cujo destino fora a campanha eleitoral de Eduardo Campos em 2010”, segundo pedido da polícia.

A frase follow the money (siga o dinheiro) vem do caso Watergate, que levou à renúncia do presidente dos EUA, Richard Nixon, em 1974.

Fonte sigilosa, o“garganta profunda” (o número 2 do FBI, Mark Felt, se revelou em 2005 no livro O Homem Secreto) recomendou a um dos jornalistas envolvidos na cobertura, Bob Woodward, o procedimento que se tornaria célebre em investigações: siga o dinheiro – ou seja, follow the money.

 

jc

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *