Lava Jato apura indício de repasse da Odebrecht a marqueteiro baiano ligado ao PT

Inquérito sobre as finanças de João Santana foi aberto em novembro de 2015 e tramita em caráter confidencial

João Santana foi responsável por todas as campanhas presidenciais do aprtido desde a reeleição do ex-presidente Lula, em 2006 (Foto: Reprodução)

 

Os investigadores da Operação Lava Jato apuram supostos pagamentos ligados à subsidiárias da empresa Odebrecht em contas controladas no exterior pelo marqueteiro baiano João Santana, que atuou em diversas campanhas políticas do PT. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

Santana foi responsável por comandar todas as campanhas presidenciais do partido desde a reeleição do ex-presidente Lula, em 2006. Um dos focos da força-tarefa são os pagamentos feitos na Suíça em 2014 para campanhas presidenciais no Brasil e no Panamá, país onde a Odebrecht possui diversos interesses.

O inquérito sobre as finanças do publicitário foi aberto em novembro de 2015 e tramita em caráter confidencial em Curitiba. João Santana passou a ser alvo das investigações depois que a PF encontrou uma carta da sua mulher e sócia, Mônica Moura, na casa do lobista Zwi Skornicki, ligado ao estaleiro asiático Keppel Fels. O texto indicava contas do marqueteiro na Inglaterra e nos Estados Unidos. A informação foi revelada pela revista Veja.

Em 2014, Santana recebeu da campanha da presidente Dilma Rousseff, oficialmente, o valor de R$ 88,9 milhões. Caso seja confirmada a existência de outros pagamentos, as transações poderiam configurar crime de caixa dois. Os dados sobre as movimentações financeiras de Santana foram enviados pela promotoria suíça.

Segundo a reportagem da Folha de S.Paulo, o advogado do baiano, Fábio Tofic, afirmou que o seu cliente desconhece qualquer investigação envolvendo seu nome e declarou ter questionado formalmente o juiz Sérgio Moro sobre a existência de um inquérito contra Santana. O advogado acrescentou que os repasses recebidos no exterior são regulares. Procurada, a Odebrecht também afirmou desconhecer o inquérito.

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