“Acharam ruim a quinta posse. Agora é a sexta vez que assumo, às 17h50 (hora em que assinou o livro de posse)”. Com o desabafo, o deputado Guilherme Uchoa (PDT) retornou à presidência da Assembleia Legislativa cinco dias depois da juíza Mariza Silva Borges, da 2ª Vara da Fazenda Pública do Recife, expedir liminar suspendendo a eleição da Mesa Diretoria – de 1º de fevereiro – e determinando seu afastamento e o do 4º secretário, Eriberto Medeiros (PTC), dos cargos de direção.
O presidente do Tribunal de Justiça (TJPE), Frederico Neves, derrubou a decisão da juíza de 1º grau, suspendendo os efeitos da liminar que considerava inconstitucional a quarta reeleição de Uchoa. O desembargador avaliou não haver respaldo legal para a destituição do presidente da Alepe.
“Eu já esperava. O Ministério Público tinha se pronunciado (pela constitucionalidade). Não existe vício de inconstitucionalidade (na reeleição)”, declarou Uchoa na volta ao cargo.
Demonstrando irritação com a Ordem dos Advogados (OAB-PE), autora da ação civil pública contra a sua reeleição, o pedetista anunciou uma retaliação imediata contra a entidade e seu presidente, Pedro Henrique Reynaldo, revelando que seus advogados – Júlio Oliveira e Virgínia Pimentel – haviam ingressado, ainda ontem, com uma ação de falsidade documental.
“Eles juntaram ao processo a ata da decisão do Conselho (da OAB) que autorizou uma Ação de Inconstitucionalidade (Adin), mas ingressaram com uma ação civil pública. Falsidade documental clara para enganar a Justiça”, acusou Uchoa, prometendo outras ações contra Pedro Henrique e o ex-presidente da OAB, Jayme Asfora (atual secretário da Juventude do Recife), mentor de ações contra posições de Uchoa na Alepe.