DOSSIÊ VENINA – EU ME RECUSEI A PAGAR AS BANDALHEIRAS DO LULA NA PETROBRÁS

A ex-gerente relata que operador usava a área de Comunicação da Petrobras para captar dinheiro para as campanhas eleitorais do PT na Bahia

Robson Bonin

Hugo Marques

Em meados de novembro do ano passado, a ex-gerente da Petrobras Venina Velosa da Fonseca estava mergulhada em um drama pessoal. Depois de servir a Petrobras por mais de duas décadas, sem nenhuma mácula no currículo, ela aguardava o desfecho de uma sindicância que ameaçava responsabilizá-la por graves irregularidades na estatal. Venina se sentia perseguida, temia ser punida por desmandos que ela mesma tentara denunciar. Entre sentimentos de angústia e revolta, pegou o telefone e discou para o diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza. Na conversa, fez um desabafo. “Você me conhece há muito tempo, você sabe o que eu passei naquela comissão de Comunicação, que hoje tem aí a Muranno associada com o Lula. Tá lá no meio daquele pacote. Eu me recusei a pagar, o pagamento foi feito por fora”, disse a ex-gerente. Cosenza e Venina foram colegas de trabalho no período em que o engenheiro Paulo Roberto Costa, preso por operar o petrolão na estatal, ditava as regras na diretoria. Hoje decodificada, a frase da ex-gerente ao diretor não poderia ser mais cristalina.

 

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