Tudo no Petrolão:PT, PSDB, PMDB, DEM, PP, PTB, SD, PSDC

 

 

TUDO SUJO E LAMBUZADO

 

 

 

Oposição e base aliada se unem nas inúmeras citações a políticos constantes em documentos apreendidos e depoimentos em delação premiada na Operação Lava-Jato. Uma amostra do que está contido nos autos da investigação revela a presença de mais de 40 políticos nessa situação. PT, PSDB, PMDB, DEM, PP, PTB, SD e PSDC tiveram nomes fornecidos pelos delatores Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, pelo policial Jayme “Careca” Alves pelos registros nos inquéritos policiais e nas planilhas da empreiteira Camargo Corrêa, cujos executivos também foram denunciados por corrupção em obras superfaturadas na Petrobras.

Os investigadores precisam checar a veracidade e o grau de verdadeiro comprometimento das autoridades envolvidas. Em depoimento em delação premiada, o doleiro Alberto Youssef afirmou que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva ordenou que fossem pagas dívidas da agência de publicidade Muranno, contratada pela Petrobras. Segundo Youssef, a ordem foi dada ao ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli. As agências Muranno e a Mistral, do publicitário Ricardo Vilani, receberam, entre 2010 e 2011, R$ 3,64 milhões de firmas controladas pelo doleiro. Lula e Gabrielli negam as acusações.

O vice-presidente da República, o ex-deputado Michel Temer (PMDB), aparece em uma planilha apreendida pela Polícia Federal na Camargo Corrêa. O documento relaciona obras públicas, a situação em que se encontra e os valores estimado, do projeto e do edital. Também vincula cada empreendimento a um parlamentar e a outro valor. Temer é relacionado a duas cifras de US$ 40 mil cada por uma obra de canalização em Araçatuba e outra de duplicação de rodovia em Praia Grande, ambas cidades em São Paulo. Ele negou as suspeitas de favorecimento e disse que, quando parlamentar, nunca fez emendas para esses projetos.

Outro nome apontado por Alberto Youssef é o do líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), que pode comandar a Câmara do Deputados, caso se confirme como o favorito dos parlamentares na eleição para a Mesa Diretora em fevereiro.

Mais nomes
A listagem de citados poderia ser ainda maior. Só uma relação de doações eleitorais de 2012 feitas pela Camargo Corrêa, segundo apreensão nos escritórios da empreiteira, menciona mais 35 nomes. Mas não se sabe se são contribuições de campanhas lícitas ou de caixa dois. Alguns nomes estão escritos a caneta. O caso de ex-governadores e ex-parlamentares será analisado em primeira instância. Todos os acusados na lista ao lado que se pronunciaram negaram a participação em crimes ou atos ilícitos, alguns admitindo apenas o relacionamento com os delatores.(Do Correio Braziliense – Eduardo Militão)

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