Reforma política? Está onde sempre esteve: marco zero

Carlos Chagas

 Começando do marco zero – Entre tantas sugestões e nenhuma perspectiva de sucesso, a reforma política continua onde sempre esteve: no marco zero. Dúvidas inexistem de que o número de partidos não será reduzido, que o voto distrital é sonho de noite de verão, que as doações de empresas nas campanhas políticas continuarão indo muito bem, obrigado, que os suplentes de senador não serão extintos e quantas propostas a mais permanecerão como prática de se enxugar gelo.

Uma mudança, porém, torna-se viável: a transferência das posses dos novos presidentes da República, governadores e prefeitos, desse absurdo dia primeiro de janeiro, seja para dez dias antes ou dez dias depois. Tratou-se de um erro flagrante da Assembléia Constituinte de 1988 a fixação da data. Não se trata de aceitar que ilustres convidados estrangeiros faltem às cerimônias, por conta das festas de passagem do ano em seus países.

Mais importante é verificar o estado de espírito com que a população saudará seus novos governantes, depois de uma noite no mínimo mal dormida, quando não marcada por vibrações etílicas. Os costumes, diziam os antigos, devem preceder as leis…

 

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