Recife insiste em emplacar eventos de moda de rua, na luta pela democratização do segmento, para provar ao grande público que o que se vê na passarela não é tão fora da nossa realidade, e não acaba somente na roupa e na estética, mas envolve também a pura rotina, ou pelo menos os dias de descanso e lazer.
A próxima empreitada é o Dia do Acre, que acontece no próximo sábado, 15/11, a partir das 15h, na Rua da Aurora, mais precisamente sob o monumento Tortura Nunca Mais, e é idealizado pelo agitador cultural e estilista Cássio Bomfim, da marca que dá nome ao evento.
Na programação, a moda se mostra na forma de desfile, com a Acre refletindo sobre o inesgotável e onipresente tema da urbanidade, sob o título Com o que nos restará, que pretende retratar uma mulher futurista, do ano de 2094. “Ela veste estilhaços, restos de vidros, lustres, a partir de uma arte que fiz simulando esses cacos em acrílico e bordando-os à mão, ao lado de rendas renascença”, adianta o estilista. Algodão, seda e linho retratam também calçadas de pedras portuguesas e armaduras articuladas.
Haverá ainda show de Devotos, exibição do musical Explosão Brega, de Hanna Godoy, intervenção do artista plástico Arbos e distribuição gratuita da revista de arte contemporânea RECIBO, do capixaba radicado no Recife, Roberto Traplev.
Nas pick-ups, Jack Mugler e Aslan Cabral tocam nos intervalos das atrações. Ainda na programação, apresentação do Maracatu Várzea do Capibaribe. O evento é independente e acontece num esquema colaborativo, entre vários criadores da cultura local. “Queremos despertar desejo através de um processo diferente”, resume Cássio.
- fonte:Portal Tag It