Os sem-carro
O futuro senador Antonio Reguffe (PDT) prometeu na campanha que não usaria o carro oficial com motorista se eleito. Antecipando-se a ele, o senador aliado Cristovam Buarque (PDT-DF) acaba de devolver o seu carro oficial
Futuro senador Antonio Reguffe e senador aliado Cristovam Buarque (Fonte: Reprodução/Montagem/Câmara/Veja)
O estilo Reguffe de atuar chegou ao Senado bem antes da posse do novo parlamentar da Casa. Conhecido em Brasília por ser deputado austero e que economiza verbas de custeio em prol dos cofres públicos, o futuro senador Antonio Reguffe (PDT) prometeu na campanha que não usaria o carro oficial com motorista se eleito, uma benesse do cargo. Antecipando-se a ele, o senador aliado Cristovam Buarque (PDT-DF) acaba de devolver o seu carro oficial e remanejou seu motorista para outra função, depois de usar o benefício nos primeiros quatro anos de seu mandato.
Concorrência aliada
Mas Reguffe terá no aliado um ‘concorrente’: desde o início do mandato, Cristovam é o senador mais barato da Casa. É o que dizem seus assessores.
O caminhante
Para compromissos oficiais, Cristovam agora pega táxi ou carona com funcionários — e nestes casos paga a gasolina. E há dias que vai a pé de casa para o Congresso.
Perfil
Ex-deputado distrital, onde consagrou seu estilo, Reguffe foi o federal mais votado no país, proporcionalmente, em 2010, e levou seu jeito de trabalhar para a Câmara.
Perdeu feio
Na campanha, o principal adversário de Reguffe, Magela (PT), espalhou carros de som por Brasília para detoná-lo, dizendo que não seria senador para ‘contar palitos’.