Marina diz que não mudou de opinião sobre defesa dos direitos dos homossexuais

BOTANDO AS UNHAS DE FORA.NEM CHEGOU AINDA.

Texto de programa de governo que defendia o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi alterado na manhã deste sábado

Marina Silva em visita a comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro. Candidato a uma vaga no Senado, Romário também participou da agenda

A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, negou no início da tarde, durante caminhada na Rocinha, Zona Sul do Rio, ter mudado de posição em relação à defesa dos direitos dos homossexuais. Na manhã de hoje, foi anunciada a segunda revisão de seu programa de governo, o texto alterou o tópico que falava em “casamento” de pessoas do mesmo sexo e também da defesa do direito de adoção por casais homossexuais. Marina disse que apenas foi feita uma correção do que teria sido publicado erroneamente com a expressão usada pelos movimentos sociais ouvidos pelos coordenadores do programa.

Presença da candidata à Rocinha foi confusa na manhã deste sábado – Márcia Foletto / Agência O Globo

— Independente de qualquer coisa, o nosso compromisso é com o Estado laico, com o respeito às liberdades individuais e religiosas. O Estado laico é para defender os interesses de todos, daquele que crê e o que não crê, independente de cor, orientação sexual ou religião — disse a presidenciável, em uma tumultuada entrevista coletiva, durante visita à favela.

Segundo a candidata, a revisão do tópico que defendia o investimento em energia nuclear foi retirada porque não havia sido consenso entre ela e Eduardo Campos, morto em acidente aéreo no dia 13 deste mês. De acordo com ela, a mudança foi feita pelos próprios coordenadores do programa, Neca Setúbal ( Rede) e Maurício Rands (PSB).

DESEMPENHO EM PESQUISA É VISTO COM CAUTELA

Ao ser questionada sobre o resultado da pesquisa do Datafolha, divulgada nesta sexta-feira, Marina preferiu adotar um tom mais cauteloso. Perguntada se vê chances de vencer no primeiro turno, a candidata afirmou que ainda se considera distante do Planalto.

— Ainda temos muito chão pela frente. Queremos que esse movimento continue. Tenho muita esperança que esse movimento cresça — disse Marina.

Ela rejeitou especulações de que o candidato do PSDB, Aécio Neves poderia desistir e apoiá-la.

— No primeiro turno, temos o direito de ter as nossas candidaturas. Eu digo que quanto mais estrelas no céu, mais claro é o caminho. Esse é o momento da democracia. São legítimas todas as candidaturas. Eu respeito todas.

Marina afirmou que sua campanha tem como principal objetivo superar as rivalidades políticas, mas fez críticas ao desempenho da economia no governo de Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição.

— O que estamos fazendo é mostrar que é possível unir o Brasil. No lugar do embate, o debate. Em lugar da separação, a união em torno do Brasil que queremos. Para que o país não entre na recessão como começou a entrar, volte a crescer e controle a inflação.

A candidata do PSB chegou à favela da Rocinha pouco depois das 13h30. Acompanhada do deputado federal Romário (PSB), candidato ao Senado, que foi buscá-la no aeroporto. A passagem de Marina pela Rocinha foi muito tumultuada, com o assédio da imprensa e de militantes de candidatos do PSB que se espremiam nas pequenas vielas da comunidade. Muitos usavam material de campanha ainda com o nome de Eduardo Campos ao lado de Marina.

Políticos como os deputados Alfredo Sirkis e Glauber Braga, do PSB, e Miro Teixeira, do PROS, tentaram formar um cordão de isolamento em torno de Marina, mas ela circulou com muita dificuldade e chegou a pedir calma aos correligionários, visivelmente assustada.

Marina deixou a favela sem informar o destino. Ela teria um almoço com membros do PSB do Rio e faria uma gravação com Romário para o horário eleitoral. No final da tarde, ela tem um encontro com jovens militantes na Lapa.

fonte:oglobo

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