“Não podemos viver democracia plena se não tivermos liberdade de imprensa”, diz Temer

Na última segunda-feira (19/5), o vice-presidente da República Michel Temer afirmou, durante um encontro na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que não concorda com as tentativas de regulamentação da imprensa.

Crédito:Agência Brasil
Vice-presidente é contra regulação da mídia no Brasil
“De vez em quando se tenta, por exemplo, impedir a liberdade de imprensa por meio de regulamentações, etc. Mas vozes das mais variadas, inclusive a minha, se levantam contra, porque nós não podemos viver uma democracia plena se não tivermos uma liberdade de imprensa plena”, ponderou.

De acordo com a Agência Estado, Temer aproveitou o espaço para fazer um relato retrospectivo sobre as constituições brasileiras. Para ele, a lei de organização do Estado é responsável por todas as esferas da liberdade.

“Depois da Constituição de 1988 nós tomamos um banho de democracia. Nós saímos de um sistema centralizador, autoritário, e caímos na democracia. A partir daí, nós passamos a exercitá-la amplamente”, disse.

Segundo ele, as pessoas conquistaram a liberdade de expressão, de manifestação e de imprensa. “Os versos de Camões no Estadão e na Folha foram substituídos por dizeres mais complexos. Então a imprensa se liberou de uma vez e as pessoas também”, ressaltou.

Ao ser questionado se, diante de diversos “abusos” contra a honra das pessoas, a imprensa não necessitava de um órgão regulador, Temer explicou que o problema é que os cidadãos não se atentam ao texto constitucional e avaliou que a mesma Constituição que garante o direito à liberdade de imprensa, assegura também os vetores indenizatórios e direito de resposta.

“O que a imprensa precisa é fixar valores indenizatórios”, destacou o vice-presidente, acrescentando que um pequeno jornal do interior, por exemplo, não pode ser penalizado com um valor que o impeça de dar continuidade à sua atividade. Ainda de acordo com ele, a grande questão hoje é a internet, “onde o sujeito se veste com o manto do anonimato”.

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