“Se temos que identificar novas oportunidades digitais, nada mais apropriado do que beber na fonte das startups”. Partindo desta reflexão o Grupo Abril anunciou a criação de uma aceleradora deempresas do gênero em parceria com a Plug and Play, do Vale do Silício, que já apoiou empresas como Paypal, Google e Dropbox.

De acordo com Rogério Tamassia, responsável pela operação no Brasil, a outra grande motivação do projeto é provocar o status quo no modo de fazer negócios na Abril, introduzindo a cultura empreendedora de assumir riscos e testar hipóteses.  “Conceitos típicos de empreendedorismo como ‘Lean Start-up’, ‘Fail fast’, ‘learn faster’, orientação a métricas e outros serão constantes na operação da aceleradora e nossa ideia é proporcionar que os funcionários vivenciem isso bem de perto”, afirma.

O foco serão startups que apresentem soluções para problemas reais utilizando plataformas móveis. As quatro selecionadas para a primeira etapa passarão uma temporada de três meses na sede do Grupo Abril, em São Paulo, com palestras, workshops e mentorias personalizadas de profissionais de mercado, assim como acesso facilitado a possíveis clientes e parceiros em diversas áreas, como marketing direto (com o Alphabase), serviços web e apoio jurídico.

Os projetos também receberão um aporte de US$ 25 mil (seed capital ou investimento-semente), destinado a auxiliar no desenvolvimento do negócio ou ajustes no produto ou serviço. Ao final dos três meses, as empresas farão o Demo Day – uma apresentação para o mercado e para acionistas da Abril, com o objetivo de conseguir investimento.

Segundo Tamassia, o Brasil é um dos maiores mercados no cenário mobile mundial e a plataforma passou a ser a menina dos olhos do mundo digital em todos os aspectos. “Estamos só começando a usar uma pequena parte do imenso potencial que o mobile proporciona. Imagine quando devices, como o Google Glass, forem amplamente utilizados por aqui. Quantos produtos mobile poderemos criar para resolver problemas de uma cidade como, por exemplo, São Paulo?. Para isso decolar, do ponto de vista das startups, precisamos mudar a lógica das copycats e começar a testar e validar modelos de negócio próprios”, completa.