Os erros de Tadeu

Mergulhado no complicado xadrez da sua sucessão na base, o governador Eduardo Campos (PSB) vai deixando transparecer que pode recuar na escolha do secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, como candidato a governador. Há muitos fatores que pesam, mas Eduardo tem reclamado que o auxiliar preferido anda cometendo um erro atrás do outro.

O primeiro erro, considerado clássico: sentindo os ventos favoráveis, se antecipou ao chefe e seus aliados começaram a plantar na mídia que sua escolha para o Governo do Estado era dada como fato consumado. Isso assanhou ainda mais a reação de quem deseja vê-lo longe da cabeça de chapa, incomodando profundamente o governador.

Tadeu errou, igualmente, ao pensar que conquistar o apoio de Eduardo e formar um novo grupo com aqueles que aderiram ao Governo e ao PSB era suficiente para passar uma rasteira nos seus concorrentes e ser o ungido.

Da mesma forma, calculou, equivocadamente, que se juntar a grupos empresariais caducos seria importante para se fortalecer fora do PSB, sem precisar de setores históricos socialistas, que pensam estrategicamente cada passo dado pelo governador.

O secretário da Casa Civil derrapou, ainda, em ignorar o vice-governador João Lyra Neto, que vai assumir o poder em abril. Para alguns aliados do governador, Tadeu não ignorou apenas, mas subestimou a força do vice, chegando a diminui-lo em algumas ocasiões, para mostrar que era poderoso e que não via nele um futuro concorrente.

Tadeu também ignorou completamente o núcleo histórico do PSB que acompanha Eduardo há muitos anos e que foi leal, correto e decisivo quando ele precisou atravessar desertos que, aparentemente, se apresentavam intransponíveis.

Por fim, o erro mais explícito, que ele não faz o mínimo esforço para dar a mão à palmatória, mas que já começa a incomodar até aqueles que nutriam certa simpatia por ele: não se retirar do páreo numa hora decisiva para o governador, sabendo que recai nele o maior ponto de tensão para o PSB conquistar a sua unidade.

FORA DA DISPUTA– Jarbistas históricos, que convivem com ele desde quando militava no combate à ditadura nos anos de chumbo, garantem que não quer nem tem disposição para disputar mais uma eleição majoritária, no caso a reeleição para o Senado. Chegam até a admitir que o senador não seja candidato a mais nada, nem mesmo a uma vaga na Câmara dos Deputados para encerrar a sua longa e vitoriosa trajetória política.

Gasparzinho, o pior – Apelidado de “Gasparzinho”, por ser um verdadeiro fantasma, o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), é o pior gestor da Região Metropolitana, com apenas 6% de bom e ótimo contra 56% de ruim e péssimo, segundo pesquisa do Instituto Harrop, publicada na revista semanal Algomais.

Os melhores– Já o prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), recebeu a melhor avaliação do Harrop, com 42% de ótimo e bom, enquanto 27% consideram sua administração ruim e péssima. O segundo melhor avaliado é o prefeito de Igarassu, Mário Ricardo (PSB), com 41% de ótimo e bom. Pela ordem, aparecem em seguida Camaragibe, Ipojuca, São Lourenço e Paulista.

Missão quase impossível-Integrante do diretório nacional do PPS e aliado de primeira hora do presidente da legenda, Roberto Freire, o vereador recifense Raul Jungmann recebeu a tarefa de levar o PSB a apoiar três candidatos a governador preferidos do partido: Eliziane Lins, no Maranhão; Hissa Abrahão, no Amazonas; e Eliane Pedrosa, no Distrito Federal.

Baderneiro, não!– O ex-deputado Maurílio Ferreira Lima lamentou muito a morte de Bruno Maranhão e aproveitou para desmistificar a visão que ficou dele pela invasão à Câmara dos Deputados. “Bruno nunca foi baderneiro, mas sempre promoveu atos políticos tumultuados, sobretudo na defesa dos seus ideais: a luta a favor dos deserdados e pela reforma agrária”.

CURTAS

ESCÂNDALO– O escândalo no Banco do Nordeste envolvendo o ex-presidente Roberto Smith e mais dez diretores pode provocar a demissão de mais de 150 servidores do quadro da instituição. É por essas e outras que Dilma chegou a pensar em fundir o BN ao BNDES, mas depois recuou.

PESQUISAS– O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) quer proibir, através de projeto de lei, que institutos de pesquisas que trabalhem para governos ou partidos tenha contratos com meios de comunicação para divulgação de pesquisas eleitorais. O alvo são o Ibope e o Vox Populi.

Perguntar não ofende: Ao ir à feijoada para Aloysio Nunes Ferreira na casa de Jarbas Eduardo sinalizou que o senador entra na chapa governista como candidato à reeleição?

 

fonte:blogdomagno

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