Espaço Pernambuco resgata história de livraria tradicional do Recife

Fundador da Livro Sete, Tarcísio Pereira, foi entrevistado pelo programa. Espaço virou ponto de encontro de intelectuais por mais de 20 anos.

O Espaço Pernambuco deste sábado (28) contou um pouco da história de uma das livrarias mais tradicionais do Recife, a Livro Sete. O fundador Tarcísio Pereira contou detalhes de como o local se transformou, desde o início dos anos 1970, em um espaço de encontro de intelectuais da cidade. O proprietário lembrou o que desencadeou, ainda criança, sua paixão pela literatura. “Me candidatei presidente do diretório estudantil (da escola onde estudava) e uma das propostas era aumentar a biblioteca da escola”, explicou o livreiro.

A Livro Sete começou pequena, com uma lojinha dentro de uma galeria, e foi crescendo com o passar do tempo. Pereira afirma que, quando trabalhava na Livraria Imperatriz, começou a sentir que o mercado tinha uma lacuna no que dizia respeito a obras de Ciências Sociais. “Grande parte dos livreiros tinha medo de trazer livros de esquerda (por conta do regime militar) e, de repente, a polícia passar e levar tudo”, disse.

No segundo bloco, Tarcísio Pereira falou sobre a homenagem que receberá na Bienal do Livro deste ano, em outubro, e explicou sobre sua nova ocupação: virou editor de livros. A Livro Sete fechou as portas em 1999. O escritor Nagib Jorge Neto e o sociólogo José Arlindo Soares, dois antigos frequentadores da livraria, também lembraram as discussões que faziam no local.

“Eu como imigrante, vim do Ceará e logo quando cheguei a Pernambuco fui preso por três anos”, disse Soares. “A Livro Sete foi uma forma que encontrei de me socializar na cidade, ter um conhecimento com a intelectualidade e com pessoas que estavam discutindo a realidade nacional”, concluiu. O Espaço Pernambuco deste sábado foi feito no Gabinete Português de Leitura, no Centro do Recife.

http://glo.bo/18ySRvf

fonte:redeglobo

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