A foto que não era para capa: Eduardo rejeita disse me disse

 Dilma decidiu pedir a devolução de todos os cargos, que não são muitos, do PSB no governo.

O motivo teria sido uma foto do governador Eduardo Campos sorrindo ao lado do senador Aécio Neves, divulgada exatos 11 dias depois do encontro.

Ora, pelo menos, aqui no GLOBO colocaram um embargo infringente no Manual de Redação: fotos do Aécio com Eduardo Campos e minhas com a Renata Vasconcelos não são notícias. Na mais sintética definição de notícia, reproduzida pelo austero mestre do jornalismo, Luiz Garcia, “notícia é a quebra da rotina”.

Lula veio correndo anteontem para cá, tentando demover a Dilma da decisão que deflagaria oficialmente a sucessão presidencial. Parece ter conseguido.

Na verdade, o que tem irritado a presidente são as notícias que chegam sobre a desenvoltura do governador de Pernambuco em oito dos nove estados do Nordeste, recebido, como manda a praxe, em festa pelos colegas.

 
Campos do campo

Eduardo Campos não quer alimentar esse disse me disse. Mas eu li sua mente. O meu GPS o localizou ontem, em campanha, digo, visita, a São Luís. Não foi difícil extrair seu pensamento.

Como candidata à reeleição, Campos acha que o percentual de 35% da Dilma é muito mixuruca (até usou uma expressão que os americanos usam nesses casos, que nem sei como se escreve, mas entendi).

Campos acha que esse é o teto da Dilma. Daí a sua convicção de que o campo político precisa ter pelo menos mais uma opção para que a maioria dos 65% que estão vagando aqui e acolá não caia em mãos adversárias.

O candidato do campo seria o próprio Campos. É como se o Reginaldo Rossi, amigo do governador, cantasse para Lula:

— Você precisa de um homem para chamar de seu, mesmo que esse homem seja eu.

 

fonte:da coluna de Jorge Moreno – O Globo

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