Os planos do PSB de lançar candidatura própria, em 2014, aos governos dos estados da Bahia, do Rio Grande do Sul e do Distrito Federal convergem para um ponto de intersecção: nos três casos, socialistas devem entrar na disputa por administrações, hoje, comandadas pelo PT. A Bahia está sob a tutela de Jaques Wagner, um dos interlocutores da presidente Dilma. Em 2012, os petistas perderam a prefeitura de Salvador para o DEM, mesmo depois de o ex-presidente Lula entrar na briga e disparar ofensas contra o democrata. ACM Neto, aliás, é bem simpático ao projeto presidencial de Eduardo Campos. O Rio Grande do Sul é administrado pelo ex-ministro de Lula, Tarso Genro – ainda no 1º mandato. No DF, o petista Agnelo Queiroz também é ex-ministro de Lula com chance de disputar reeleição. Ainda que Eduardo Campos não tenha batido o martelo sobre concorrer à Presidência da República, o PSB projeta avançar sobre território petista em unidades representativas.

o PSB projeta avançar sobre território petista em unidades representativas.

Sobre estrela, pomba e tucano
O PSB não tem costume de ser oposição nos Estados – vota com o PSDB em São Paulo, assim como em Minas e no Paraná, lugares onde o tucanato é governo. Nesses mesmos estados, o PSB pode compor palanque duplo com os tucanos, longe do PT. Presidente do PSB de Minas, Júlio Delgado recém-conduzido ao cargo, substituiu um nome que era lulista, Walfrido Mares Guia.

Curinga – Júlio Delgado define a situação de Minas como uma “peculiaridade”. O PSB quer como candidato, lá, Márcio Lacerda (PSB) – muito ligado a Aécio Neves. Delgado não descarta, no entanto, eventual candidatura do presidente do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil.