Governo dos EUA reafirma apoio aos jornalistas após escândalo com a AP

Na última terça-feira (14/5), o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, veio a público afirmar que o presidente dos EUA, Barack Obama, acredita na proteção dos direitos dos jornalistas e apoia a “irrestrita liberdade” para a realização do jornalismo investigativo. A declaração ocorreu em meio ao escândalo da apropriação de registros telefônicos de jornalistas da Associated Press por parte do governo americano.Crédito:Agência Brasil

Após crise, porta-voz de Obama disse que presidente apoia liberdade de imprensa

Segundo a Veja, a apropriação dos registros telefônicos de alguns dos jornalistas da Associated Press se deu em razão de uma investigação sobre vazamento de informações. Anteriormente, acreditava-se que o procurador-geral, Eric Holder, teria ordenado ao Departamento de Justiça que se apropriasse dos registros, mas Holder negou envolvimento no caso.
Holder disse que a ordem para a quebra de sigilo telefônico da agência veio do vice-procurador-geral, James Cole. Ele ainda defendeu a ação afirmando que as informações que vazaram estão relacionadas a um assunto “muito grave” que “põe os americanos em risco”.

“Sou procurador desde 1976 e tenho de dizer que essa está entre as mais graves que eu já vi. Esse foi um vazamento muito, muito sério, e isso não é um exagero. Põe o povo americano em perigo. E tentar determinar quem é responsável por isso, na minha opinião, requer uma ação muito agressiva”, afirmou Holder.
Carney negou que a Casa Branca esteja envolvida com a apropriação dos registros telefônicos e afirmou que, apesar de acreditar na liberdade de imprensa, o governo Obama precisa garantir a segurança de informações confidenciais. “Ele também está comprometido, como presidente e cidadão, com a questão de que nós não podemos permitir que vazem informações confidenciais que podem prejudicar a segurança nacional ou indivíduos”, declarou o porta-voz.
O caso
Na segunda-feira (13/3), a Associated Press acusou o governo norte-americano de ter violado a liberdade de imprensa ao se apropriar de registros de 20 linhas telefônicas que envolvem cinco jornalistas e um editor da agência de notícias. O motivo da apropriação seria uma reportagem que os jornalistas fizeram no ano passado sobre uma operação da CIA que impediu uma ação da Al Qaeda para explodir um avião com destino aos EUA.

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