Raul Jungmann: ‘Quem dá a missão, dá o meio’

Raul Jungmann e Michel Temer Foto: Divulgação
Por Renata Bezerra de Melo – Folhape

Ministro da Segurança Pública, o pernambucano Raul Jungmann recorre a uma expressão do meio militar quando confirma que o presidente Michel Temer lhe deu “carta branca” para montar a equipe que o acompanhará nos 10 meses de ministério. À coluna, o ministro pondera: “Não dá para enfrentar uma tarefa dessa dimensão e não enfrentá-la com total liberdade. Como se diz no meio militar, quem dá a missão dá o meio. Deu a missão, eu preciso dos meios”. Refere-se à autorização para trocar qualquer dirigente que fosse necessário, mas, também assegura, nesse contexto, que não faltarão recursos para o setor. “Hoje (ontem), foram disponibilizados R$ 42 bilhões de crédito em cinco anos. Estados e municípios receberam uma ordem de recursos – tudo bem, é crédito, não é recurso concessional – mas receberam montante de crédito que nunca na história da Segurança esteve disponível para automóveis, para equipar polícias, sistemas eletrônicos. E o presidente já disse que vai ter dinheiro. Além disso, todos os recursos da minha pasta são descontingenciados. Vai ter dinheiro”, assegura Jungmann à coluna após a reunião que teve, ontem, com governadores e com o presidente, na qual se deu o anúncio de investimentos em Segurança. Então, pondera: “Mas acho mais importante do que dinheiro, você tomar algumas medidas. As pessoas estão, de fato, numa situação de não suportar mais”. No caso de Pernambuco, o governador Paulo Câmara chegou a relembrar a Carta do Acre e registrou que, de lá cá, nada saiu do papel. Jungmann notou, entre os gestores estaduais, sentimentos comuns de “angústia, impotência e dificuldade de lidar”. Admite que o governo investiu “20 meses na (reforma da) Previdência” e que este foi o “aspecto central” de toda getão, mas que ela “bateu na parede, topou, não tinha mais para onde ir”. E projeta que, nessa nova etapa, a hora é de “atender as demandas da Segurança”.

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