DUDU DA FONTE É A FACE VERDADEIRA DO IMPEACHMENT

Eduardo da Fonte acompanhando o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos e o senador Fernando Bezerra Coelho, em encontro com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Fernando Bezerra Coelho responde a inquérito perante o STF por corrupção passiva, por ter, segundo delatores da Lava-Jato, pedido R$ 20 milhões ao esquema para financiar a campanha de Campos ao governo de Pernambuco.
Eleito, em 2014, com 283.567 votos do povo pernambucano, para seu terceiro mandato como deputado federal, Eduardo Henrique da Fonte de Albuquerque e Silva, do Partido Progressista, é um dos principais protagonistas da Operação Lava-Jato, em Pernambuco.
Citado em várias das “delações premiadas” como aquele que fazia a ponte entre corruptos e corruptores por suas estreitas relações com o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, Dudu da Fonte, como é mais conhecido no meio político, protagonizou uma das cenas mais bizarras e constrangedoras da sessão de votação da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, realizada ontem (18), na Câmara dos Deputados.
Ladeado pelo filho adolescente, a quem tentou delegar o voto que deveria proferir naquela sessão, um Dudu da Fonte lépido, sorridente e fagueiro pronunciou-se pelo “sim” ao impeachment, emprestando assim, sua cara ao que realmente significa esse processo sem justa causa que pretende afastar Dilma Rousseff do mandato que lhe foi conferido por mais mais de 53 milhões de brasileiros.
Eduardo da Fonte, segundo seu amigo pessoal Paulo Roberto Costa, intermediou o pagamento de R$ 10 milhões em propina ao tucano Sérgio Guerra, já falecido, em troca do abafamento de uma CPI destinada a investigar a Petrobras. Leiam os trechos da delação de Paulo Roberto Costa que citam Dudu da Fonte:
“Fui procurado, não me recordo exatamente se foi em 2009 ou 2010, pelo senador Sérgio Guerra, no Rio de Janeiro, junto com o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE)”
“O Eduardo da Fonte me ligou, disse que queria ter uma conversa comigo e marcou uma reunião em um dos hotéis lá da Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). Para surpresa minha, eu nunca tinha tido relacionamento nenhum com o Sérgio Guerra, o senador estava lá.”
“Isso resultaram, se não me engano, em duas ou três reuniões. O pleito do senador era que se repassasse para ele um valor de R$ 10 milhões para que não ocorresse ou não progredisse ou não tivesse consequências uma CPI da Petrobrás nesse período.”
“Depois da terceira reunião, eu fiz um contato com a Queiroz Galvão e a Queiroz Galvão honrou esse compromisso e foi pago. Não sei qual porcentual que foi para Sérgio Guerra, se teve porcentual para Eduardo da Fonte, esse dado aqui eu não tenho. Mas foi pago R$ 10 milhões para o senador nesse período”.
Paulo Roberto já foi condenado, pelo juiz Sérgio Moro, pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro desviado da construção da Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, Pernambuco. Assista o trecho do depoimento de Paulo Roberto em que revela a propina a Sérgio Guerra, do PSDB, intermediada por Eduardo da Fonte, a partir do minuto 8’50 (AQUI).
Eduardo da Fonte também teria intermediado pedidos de outros parlamentares do PP, junto ao amigo Paulo Roberto Costa, conforme emails interceptados pela Operação Lava-Jato:
Em razão da Operação Lava-Jato, Dudu da Fonte responde a três inquéritos policiais instaurados, a pedido do Procurador-Geral da República e por autorização do Ministro Teori Zavascki, pelos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

 

 

O parlamentar pernambucano, que votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff é sócio de um irmão, na empresa ADPL Motors Ltda. que é alvo da Lava-Jato e da Operação Zelotes, que investiga fraudes fiscais cometidas por intermédio do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), ligado ao Ministério da Fazenda, do qual o pai de Eduardo da Fonte, o advogado e Conselheiro da OAB/PE, Francisco Maurício Rabelo de Albuquerque da Silva, era Conselheiro indicado pela Ordem. De acordo com as investigações da Polícia Federal, consultorias formadas por Conselheiros e ex-Conselheiros do próprio Carf conseguiam manipular o resultado dos julgamentos do colegiado, mediante o pagamento de propinas, gerando prejuízo de cerca de R$ 6 bilhões aos cofres da União Federal. O pai de Eduardo da Fonte é um dos investigados pela Zelotes.
O apartamento e a empresa de Dudu da Fonte já foram, inclusive, alvos de mandados de busca e apreensão na Operação Politeia, um dos braços da Lava-Jato. Confira AQUI e AQUI.
fonte:blognoeliabrito

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