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Os choques entre manifestantes e policiais foram mais intensos na capital paulista, onde 17 pessoas foram detidas e três policiais ficaram feridos. Apesar da forte repressão, Movimento Passe Livre marcou nova manifestação para a próxima terça (12) e diz que não sairá das ruas até barrar o aumento de R$ 3,50 pra R$ 3,80 nas passagens de ônibus, trens e metrô. No Centro do Rio de Janeiro, jovens montaram barricadas e houve muita correria devido à explosão de bombas. A sexta-feira também foi marcada por manifestações contra o aumento do preço das tarifas de transporte em outras cidades brasileiras.
Confusão no Centro da capital paulista |
São Paulo
Convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL), o ato começou pacífico na Praça Ramos de Azevedo, em frente ao Theatro Municipal, e seguiu por ruas da região. Mas no início da noite, quando foram registrados os primeiros atos de vandalismo, começaram os confrontos entre mascarados e policiais militares, na região central da cidade.
Policial saca arma durante briga entre pessoas que estavam na manifestação |
A Secretaria da Segurança Pública diz que 17 pessoas foram detidas. Um artefato explosivo foi encontrado com um dos presos, segundo a polícia. Três PMs ficaram feridos após terem sido atingidos por pedras. Três agências bancárias foram danificadas. Também foram depredados um carro da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), um da SPTrans e dois da PM. Todos os detidos foram liberados durante a madrugada.
Policiais reunidos após os confrontos |
Em São Paulo, a tarifa de ônibus, trens e metrô sobe de R$ 3,50 para R$ 3,80 neste sábado (9). Segundo o Movimento Passe Livre, cerca de 30 mil pessoas participaram do ato. A Polícia Militar diz que foram 3 mil.
Manifestantes na Avenida Rio Branco, no Centro do Rio |
Rio de Janeiro
Cerca de duas mil pessoas participaram do protesto, que tomou a Avenida Rio Branco e a Cinelândia. A passeata, que começou pacífica, terminou em confronto entre manifestantes e a polícia. Também houve tumulto na área próxima à Central do Brasil. O Batalhão de Choque e a Cavalaria da PM foram acionados. Um jovem acabou detido e foi levado para a delegacia de São Cristóvão.
Ao chegar à Central, manifestantes lançaram bombas de fabricação caseira em direção a policiais militares e guardas municipais. Para dispersar a multidão a Guarda Municipal usou gás de pimenta e balas de borracha. Houve correria entre ambulantes e pessoas que chegavam para pegar trem e metrô. No momento da confusão, os portões da Central foram fechados por seguranças e trabalhadores que chegavam para utilizar os transportes se juntaram e forçaram a entrada nas estações.
Manifestante joga pedra contra policiais |
No primeiro dia útil de 2016, na última segunda-feira, quem utilizou ônibus na cidade se deparou com o reajuste na passagem de R$ 3,40 para R$ 3,80, um aumento de 11,7% na tarifa.
O governo estadual também anunciou aumento de 10,2% no valor do Bilhete Único (BU) a partir de 1º de fevereiro, quando passará dos atuais R$ 5,90 a R$ 6,50, para quem usa um meio de transporte intermunicipal e outro municipal, dentro da Região Metropolitana.
Foram ainda anunciados reajustes nas tarifas dos trens, barcas e ônibus intermunicipais. Na SuperVia, a alta foi de 12,1%, passando dos atuais R$ 3,30 para R$ 3,70. Já as passagens das barcas subirão em 12 de fevereiro, de R$ 5,00 para R$ 5,60 (Praça 15-Araribóia), alta de 12%. O metrô, atualmente em R$ 3,70, só deve ter alta em abril.
Centenas de pessoas protestaram no Centro de BH |
Belo Horizonte
Um grupo protestou, na noite desta sexta-feira (8), contra a alta da passagem de ônibus na capital mineira. Durante o ato, os manifestantes criticam o novo preço da tarifa e o classificam como “assalto”. No último domingo (3), o valor da passagem predominante passou de R$ 3,40 para R$ 3,70. Este foi o segundo aumento em menos de seis meses.
A concentração começou por volta das 18h no quarteirão fechado da Rua de Janeiro, na Praça Sete, no Centro. “Mãos ao alto, esse aumento é um assalto”, cantava o grupo no início da noite. O ato foi convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL) e é apoiado pelo Tarifa Zero.
Às 19h30, a organização estimava cerca de 600 presentes. Já a PM divulgou, neste horário, que contabilizava cerca de 300 pessoas.
Novo protesto marcado para terça-feira que vem
Redação com agências |