O lobista Julio Camargo, que acusa o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-ministro José Dirceu de receber dinheiro sujo desviado da Petrobras, só decidiu incriminá-los depois que os procuradores da operação “lava jato” o convenceram de que teria problemas na Justiça se não contasse tudo que sabe. Camargo, que trabalhou para fornecedores da Petrobras e diz ter pagado R$ 137 milhões em propina para o PMDB, o PT e funcionários da estatal, colabora com as investigações desde outubro do ano passado, quando assinou um acordo de delação premiada e confessou vários dos seus crimes.
O escritório de Tiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União, Aroldo Cedraz, admitiu nessa sexta-feira (17/7), que foi procurado por Ricardo Pessoa para atuar em processo do TCU que discutiu a licitação para obras na usina de Angra 3, de interesse da UTC. Em nota, informou ter sido consultado pelo empresário, mas que “a contratação não foi efetivada”.