José Carlos Werneck
Nesta segunda-feira, dia 12, a partir das 19 horas, o jornalista Carlos Marchi lança seu novo livro “Longa jornada para a democracia”, edição FAP, sobre os 100 anos do Partido Comunista Brasileiro, o lendário PCB de Luiz Carlos Prestes, chamado de Partidão.
Segundo o autor, não é um livro laudatório. Relata os fatos como aconteceram, sem cair no erro do elogio exagerado ou da crítica feroz. Marchi diz que é uma história com poucos adjetivos e sem retoques.
AVALIAÇÕES EQUIVOCADAS – Um dos trechos discorre sobre as avaliações equivocadas de Prestes em 1935 que mudariam a história do Partido. E um dos relatos mais impressionantes é sobre a execução da menina Elza Fernandes, a “Garota”, com o voto favorável de Olga Benário e Prestes.
O lançamento será no bar São Cristóvão, na rua Purpurina, 370, esquina de Fidalga, na Vila Madalena.
Carlos Marchi já lançou vários livros importantes, como a obra “Senhor República” uma biografia do “menestrel de Alagoas” cantado por Milton Nascimento, sobre a história recente da nossa República, compondo em mosaico a vida de um dos maiores políticos que o país já teve, o senador Teotônio Vilela.
OBRAS IMPORTANTES – Outro livro seu é” Todo aquele imenso mar de liberdade”, um retrato da trajetória do jornalista Carlos Castelo Branco, fartamente documentado, sobre a vida do célebre colunista do “Jornal do Brasil”, que foi secretário de Imprensa do presidente Jânio Quadros.
Também é de sua autoria “Fera de Macabu: a História e o Romance de um Condenado à Morte”, que conta a história do mais trágico erro da Justiça brasileira, ocorrido em meados do século XIX, em Macaé, no norte da província do Rio de Janeiro.
Na obra, Carlos Marchi reconstitui o drama pessoal do fazendeiro Manoel da Motta Coqueiro, condenado à morte pelo assassinato de uma família de colonos em uma de suas propriedades.
FIM DA PENA DE MORTE – O autor usa ferramentas de repórter para rastrear os vestígios da vida do fazendeiro, em documentos obtidos nos arquivos oficiais, paróquias e cartórios do norte fluminense.
Vítima de uma conspiração armada por seus adversários, Manoel da Motta Coqueiro teve dois julgamentos parciais e foi condenado à morte.
Após sua execução, descobriu-se que ele era inocente e o imperador Pedro II, condoído por não ter-lhe concedido a graça imperial, passou a perdoar cada vez mais condenados à morte, antecipando informalmente o fim da pena de morte no Brasil.